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VIDA URBANA

Rio Paraíba sofre com poluição, assoreamento e destruição da vegetação

Problemas castigam a segunda maior bacia hidrográfica do Estado e preocupam especialistas. 

Publicado em 09/04/2015 às 6:00 | Atualizado em 16/02/2024 às 10:56

Poluição, assoreamento, destruição da vegetação e depósito de esgotos e resíduos sólidos. Todos esses problemas castigam a segunda maior bacia hidrográfica do Estado, a do rio Paraíba. A situação é grave. Para se ter uma ideia, se as águas do São Francisco chegassem hoje ao manancial, através das obras da transposição, não encontrariam um curso em bom estado, seriam contaminadas e perderiam qualidade. A afirmação foi do presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba (CBH), Ulysmar Curvelo, que sintetizou a situação da bacia do rio Paraíba em 'mais que preocupante'.

Durante a extensão da bacia, segundo dados do CBH, há problemas de maior ou menor intensidade. “A bacia está muito degradada, onde nós visitamos, desde a nascente do rio, até Cabedelo, vimos sujeira, lixo, incurso de esgotos no manancial e isso traz sérios danos tanto à população ribeirinha, quanto ao meio ambiente”, afirmou Ulysmar Curvelo, presidente do CBH.

Em Boqueirão, por exemplo, a presidente de uma colônia de pescadores, Maura Araújo, relata a preocupação com a qualidade da água que chega ao manancial. “Temos uma colônia de aproximadamente 700 pescadores, muitos deles, inclusive, estão procurando outras alternativas para se sustentar, em virtude da pouca água. E ver que um rio tão importante para nós, que já estamos em crise, está sendo tão maltratado, com sujeira e lixo, é muito preocupante”, desabafou Maura.

Já em Cabedelo, última cidade por que o rio passa, uma das maiores preocupações, segundo o secretário de Meio Ambiente e pesca do município, Walber Farias, é com o tratamento da rede de esgoto.

“Tudo que vem de contaminação pelo rio Paraíba acaba desaguando no município de Cabedelo, o que contribui com a contaminação local da área. Cada cidade vai ter um problema mais aparente, mas o que mais nos preocupa, em Cabedelo, é a qualidade da água. O município tem um plano de saneamento, mas a ação tem que ser mais abrangente, já que a cidade recebe águas de toda a bacia”, frisou.

Comitê discute revitalização
Para minimizar os problemas causados ao manancial, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba (CBH) está discutindo um projeto de revitalização do rio Paraíba, coordenado pela professora Paula Fracinete. Ainda em elaboração, o projeto pretende recuperar nascentes, reflorestar matas ciliares no entorno do curso do rio, revitalizar áreas degradadas pela exploração humana, além de tratar do esgotos localizados ao longo da bacia hidrográfica do Paraíba.

“O projeto de revitalização está sendo elaborado e vai se transformar em um plano de monitoramento. Reunimos vários dados sobre a bacia do Paraíba, como vegetação, explorações e atividades do entorno, através de imagens de satélite, geoprocessamento e visitas, quando constatamos a situação em que se encontra nosso manancial. Os problemas são preocupantes, principalmente em relação a sua qualidade ambiental”, relatou a coordenadora.

Ainda conforme Paula Fracinete, as primeiras ações do projeto de revitalização devem priorizar a recuperação das áreas mais degradadas da bacia, a exemplo das margens do rio nas cidades de Pilar, Itabaiana e Salgado de São Félix, entre a Zona da Mata e o Agreste paraibano, muito degradadas pela extração de areia para a construção civil.

“O grande problema são os recursos, enquanto eles não forem prioritários, teremos problemas como esse. Mas estamos convocando os trabalhadores rurais também, pois são eles, por excelência, as pessoas que convivem nas áreas e estão sofrendo muito com esses problemas no rio”, destacou Paula Fracinete.

Além da bacia hidrográfica do rio Paraíba, a Aesa está fazendo um estudo das demais bacias do Estado para reavaliar a situação da vegetação, qualidade da água e poluição. O presidente da Agência, João Fernandes, expressou que não teria sentido recompor somente o rio Paraíba, se os outros mananciais não recebem cuidados.

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Jornal da Paraíba

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