Roseana Meira diz que meningite em garotos era viral e critica pânico

Maurício Melo

A Secretária Municipal de Saúde, Roseana Meira, concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (1º) sobre o caso da suspeita de meningite em dois irmãos que estudam em uma escola particular da Capital. Segundo ela, ficou confirmado que a doença dos dois era uma meningoencefalite viral, que é a forma menos perigosa da doença.

"O grande medo que foi gerado se deu à expectativa de que os meninos tivessem contraído a meningite bacteriana, que é mais perigosa, mas que, mesmo assim, não seria motivo para pânico", explicou a secretária. Ela informou ainda que a Paraíba registra vários casos de meningite bacteriana todos os anos.

"Este ano já foram registrados 14 casos da doença no Hospital Universitário, que é a referência de tratamento no Estado. Mas no ano passado, até maio, 23 casos já haviam sido registrados. Ou seja, está havendo uma redução da incidência da doença, mas ela ainda existe, e acho difícil que seja erradicada nos próximos anos", revelou Roseana.

Ela criticou o fato de a escola em que os dois pacientes estudavam ter sido fechada por decisão dos diretores para que fossem realizadas uma higienização e uma desinfecção. Segundo ela, a prefeitura fechou durante o período que era necessário, não precisava ter sido interditada. "A escola acabou aumentando o medo e gerou pânico", disse. "É preciso ter confiança na equipe municipal de saúde. Nós temos protocolos eficientes de atuação para cada caso", garantiu.

O medo gerado pelas ações da escola e, segundo Roseana, potencializado pela imprensa, fez com que a população procurasse por remédios perigosos e culminou no uso indiscriminado de antibióticos que seriam usados por outros pacientes que realmente precisassem do remédio. "Além faltar para quem precisa, cria resistência em quem toma desnecessariamente", reforçou a secretária.