VIDA URBANA
Saiba quem é Dom Genival Saraiva, o substituto do arcebispo da PB
Ele tem 78 anos e é natural de Alcantil, interior da Paraíba. Dom Genival é bispo emérito de Palmares, Pernambuco.
Publicado em 06/07/2016 às 9:32
Nomeado como Administrador Apostólico da Arquidiocese da Paraíba, em substituição ao arcebispo Dom Aldo Pagotto, Dom Genival Saraiva de França deve chegar ao Estado na próxima sexta-feira (6). Natural da cidade de Alcantil, ele tem 78 anos e é bispo emérito de Palmares, em Pernambuco. Antes disso, ele ocupou vários cargos na Diocese de Campina Grande e é conhecido pela capacidade de conciliação.
“Como ensina o Concílio Vaticano II, a Igreja é o povo de Deus e a “Diocese é uma porção do povo de Deus confiada a um Bispo para que a pastoreie em cooperação com o presbitério”, diz Dom Genival em sua primeira carta aos fiéis paraibanos.
O Administrador Apostólico está no Ceará até a próxima sexta-feira, orientando o retiro espiritual de uma parte do clero do Arquidiocese da Fortaleza. Só depois disso ele vai se apresentar para assumir a nova função.
Dom Genival também foi Presidente do Regional Nordeste 2 da Conselho Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante o período de 2011 a 2015, e também pertence ao conselho permanente do órgão. Ele ainda é membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (Cedes) do Estado de Pernambuco.
“Como João Batista, que preparou o povo para acolher Jesus, o Cordeiro de Deus, que já estava no seu meio, chego para ajudar ao povo de Deus da Arquidiocese da Paraíba a preparar o seu coração para a chegada do seu novo Arcebispo Metropolitano”, afirma Dom Genival, destacando que fica à frente da Arquidiocese temporariamente.
No comunicado, o arcebispo também agradece a Dom Aldo Pagotto pelo trabalho executado na Arquidiocese. “Posso testemunhar-lhe, por experiência, que a renúncia ao governo diocesano não é demérito para nenhum Bispo, por ter completado 75 anos, como no meu caso, ou em razão de enfermidade, como no seu caso. Os Bispos eméritos continuam servindo à Igreja, de muitas maneiras”, afirma.
Leia a carta de Dom Genival Saraiva
Ao Clero, aos Religiosos, Religiosas, Seminaristas, Animadores Pastorais - Leigos e Leigas, e à População da Arquidiocese da Paraíba:
Eu vim para servir (cf. Mc 10, 45).
Como ensina o Concílio Vaticano II, a Igreja é o povo de Deus e a “Diocese é uma porção do povo de Deus confiada a um Bispo para que a pastoreie em cooperação com o presbitério”. A Diocese torna-se vacante com a morte, renúncia ou transferência de seu Bispo. Hoje, 6 de julho, a Arquidiocese da Paraíba tornou-se vacante com o pedido de renúncia apresentado por Dom Aldo di Cillo Pagotto, que foi acolhido pelo Papa Francisco. A solicitude da Igreja provê a forma de administração da Diocese em sua vacância. Por isso, o Papa Francisco nomeou-me Administrador Apostólico, através de Decreto da Congregação para os Bispos, função que devo exercer “até que o Arcebispo, que deve ser eleito, tome posse canônica”. Não me apresento hoje aos arquidiocesanos da Paraíba porque me encontro no Ceará até a próxima sexta-feira, orientando o retiro espiritual de uma parte do clero da Arquidiocese de Fortaleza. Com esta comunicação, desejo afirmar a todos que chegarei, brevemente, com a disposição de servir. Em Jesus, encontramos o melhor exemplo de serviço. Além do espírito eclesial, que todos nós devemos cultivar, em mim a motivação para servir à Arquidiocese da Paraíba tem uma linguagem afetiva, pelo fato de ser paraibano e de ter residido na cidade de João Pessoa, durante oito anos, como aluno do Seminário Imaculada Conceição.
Como João Batista, que preparou o povo para acolher Jesus, o Cordeiro de Deus, que já estava no seu meio, chego para ajudar ao povo de Deus da Arquidiocese da Paraíba a preparar o seu coração para a chegada do seu novo Arcebispo Metropolitano. A fim de que possa exercer bem a função de Administrador Apostólico da Arquidiocese da Paraíba, torno minha a prece do salmista: “Dai-me bom senso, retidão, sabedoria” (Sl 118, 66). Tendo consciência de não ser fácil administrar uma instituição, especialmente num contexto de transição, peço, com humildade: “Senhor, dai-me serenidade para eu aceitar as coisas que eu não posso mudar. Dai-me coragem para eu mudar as coisas que eu posso mudar. Dai-me discernimento para eu conhecer a diferença”. Que, por esse discernimento, eu possa contribuir para a prática da comunhão e da unidade em nossa Arquidiocese, seguindo esse ensinamento de Santo Agostinho: “Nas coisas essenciais, a unidade; nas coisas não essenciais, a liberdade; em todas as coisas, a caridade”. Sei que posso contar com a oração e o apoio solidário do clero, das comunidades religiosas e das forças pastorais da Arquidiocese da Paraíba, para fiel cumprimento da missão que me foi confiada.
Ao expressar a Dom Aldo Pagotto o agradecimento da Arquidiocese da Paraíba pelo bem que fez, em seu pastoreio, posso testemunhar-lhe, por experiência, que a renúncia ao governo diocesano não é demérito para nenhum Bispo, por ter completado 75 anos, como no meu caso, ou em razão de enfermidade, como no seu caso. Os Bispos eméritos continuam servindo à Igreja, de muitas maneiras. Motivado para viver a comunhão fraterna e para colaborar na ação evangelizadora, uno-me aos Bispos da Província Eclesiástica da Paraíba, no seu dedicado trabalho pastoral, em suas respectivas Dioceses de Cajazeiras, Campina Grande, Guarabira e Patos.
Vamos viver este tempo de vacância da Arquidiocese da Paraíba com um coração misericordioso, no espírito do Jubileu da Misericórdia.
Assista-me a graça de Deus e me proteja “excelsa Virgem das Neves”, nesta missão de servir, como Jesus!
Guaramiranga (CE), 6 de julho de 2016
Dom Genival Saraiva de França
Administrador Apostólico da Arquidiocese da Paraíba
Comentários