VIDA URBANA
Saúde bucal na capital é melhor que no NE
João Pessoa possui menor média do índice de problemas dentários do Nordeste, conforme pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde.
Publicado em 20/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 11/01/2024 às 18:43
No Dia Mundial da Saúde Bucal, o município de João Pessoa possui a média do índice de problemas dentários (CPO-D) menor que do Nordeste, segundo a última pesquisa do Ministério da Saúde (MS). Na capital, o índice de dentes com cáries, perdidos e obturados foi de 2,78, e região Nordeste 2,89.
De acordo com informações da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), essa média está relacionada à pesquisa realizada com crianças até 12 anos de idade, alunos de escolas municipais, em 2010.
A coordenadora de Saúde Bucal da capital, Betânia Morais, explicou que este levantamento epidemiológico é realizado pelo Ministério a cada 4 anos e que quanto menor for a média deste número, melhor é a situação das cidades avaliadas. Se comparado aos dados nacionais, a capital paraibana está um pouco abaixo do índice médio do país, que foi de 2,07.
Para ela, a situação da saúde bucal dos pessoenses tem melhorado e os serviços gratuitos de saúde também se expandiram. “O acesso aos serviços e à cobertura da saúde bucal está melhor. Isso pode ser atribuído a atenção primária, com a atuação das equipes de Saúde da Família e Saúde Bucal, também nas escolas”, declarou.
Orgulhoso, o estudante Pedro Henrique Alves conta que sempre cuida bem dos dentes e faz a escovação no mínimo três vezes por dia. Aos 10 anos, o garoto diz que aprendeu com a mãe a escovar os dentes e recebe orientações na escola. “Quando eu termino de comer, já sei que é para escovar os dentes. Minha mãe sempre lembra que antes de dormir também tem que escovar”, disse o garoto.
Betânia Morais lembra ainda que a adesão à prática da escovação e maior cuidado com os dentes é relativamente recente entre a população e também é reforçado pela evolução nos tratamentos odontológicos. Segundo ela, dependendo da situação, a extração dos dentes só é utilizada em último caso.
“As pessoas que hoje estão desdentadas ou usam prótese são o reflexo de uma odontologia onde se trabalhava mais com a extração e obturação. Hoje, os dentistas fazem de tudo para não extrair um dente e trabalham com outras alternativas, como o canal”, lembra.
A situação encontrada na casa de Pedro Henrique ilustra a afirmação da odontóloga. Aos 78 anos, Josinalva Alves, que é avó do garoto, conta que não tinha atenção com a saúde bucal e ainda na adolescência começou a perder os dentes.
“Naquele tempo a gente não cuidava muito dos dentes e também era difícil conseguir uma consulta. Muito nova eu comecei a usar chapa (prótese dentária)”, lamentou.
Os problemas dentários que afetam a população variam de acordo com a faixa etária, segundo explicou a representante da SMS. Contudo, a cárie ainda é o principal problema encontrado nas crianças e adolescentes.
Ainda segundo a odontóloga, também é nos idosos o maior índice de desdentados que necessitam de prótese.
Comentários