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VIDA URBANA

Saúde do Estado realiza reunião para discutir casos de microcefalia

Na atual situação, investigação da causa do quadro preocupa autoridades. SES diz que oficialmente existem 3 casos no Estado. 

Publicado em 12/11/2015 às 17:02

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) realiza nesta sexta-feira (13) uma reunião com a equipe técnica para tratar da situação epidemiológica da microcefalia na Paraíba. Em coletiva de imprensa na última quarta-feira (11), o ministro da Saúde, Marcelo Castro, declarou estado de emergência em saúde pública de importância nacional, tendo em vista o aumento de casos da doença no Nordeste.

A preocupação com aumento dos casos na Paraíba foi publicada em matéria exclusiva no caderno de Cidades do JORNAL DA PARAÍBA, na edição do último sábado. Uma das maternidades paraibanas com casos suspeitos sendo investigados é o Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (Isea) de Campina Grande, que recebe gestantes de vários municípios do Estado e já confirmou 12 casos de microcefalia somente no período de janeiro a setembro deste ano, sendo seis em recém-nascidos e outros seis em fetos (detectados através de exames).

Em nota divulgada nesta quinta-feira (12), a SES informa que no mês passado profissionais da área de obstetrícia que atuam na Paraíba comunicaram à Secretaria a ocorrência de aumento de casos de microcefalia nos serviços e a partir daí passou-se a discutir a situação epidemiológica dos casos reportados de microcefalia pós-natal e intrauterino.

“Para tanto, ficou definido a construção de um instrumento de notificação para consolidar dados clínicos, epidemiológicos e diagnósticos desses pacientes, visando identificar possível alteração do padrão epidemiológico da microcefalia e fatores relacionados à sua ocorrência”, afirma a nota.

“No momento, a SES solicita que todos os serviços de saúde, públicos e privados, comuniquem imediatamente os casos de microcefalia, conforme definição na nota técnica. Além disso, a partir do registro da notificação, seguir o fluxo laboratorial para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen)”, informou a gerente executiva da Vigilância em Saúde da SES-PB, Renata Nóbrega.

“É importante ressaltar que, apesar da sinalização de registros de aumento de microcefalia em recém-nascidos, ainda não é possível fazer relação desse evento com nenhuma doença”, ressaltou.

A microcefalia é uma anomalia que se caracteriza por um crânio de tamanho menor que o da média. O ministério foi acionado pela Secretaria de Estado da Saúde de Pernambuco, que observou o aumento da anomalia nos últimos quatro meses. Foram identificados 141 casos em recém-nascidos em 44 municípios de Pernambuco este ano.

De acordo com o MS, a média de casos para o estado era de dez por ano, o que representa um aumento incomum. Nas crianças e nas gestantes, estão sendo realizados exames clínicos, de imagem e laboratorial, conforme protocolo definido pelo Ministério da Saúde e Secretaria de Saúde de Pernambuco. É importante esclarecer que as investigações estão em andamento e, até o momento, não há definição da causa do agravo, seja infecciosa ou não.

O Ministério da Saúde informou que recebeu relatos dos estados da Paraíba e do Rio Grande do Norte sobre o mesmo assunto e que todas as suspeitas estão sendo investigadas e contam com o monitoramento de equipes.

Dados da Paraíba
Este ano, foram registrados no sistema oficial de informação três casos de microcefalia no Estado (um em Cabedelo, um em São Miguel de Taipú e um em Sapé). Dos três recém-nascidos em 2015, um evoluiu para o óbito, mas a causa básica do óbito não foi relacionada à microcefalia e sim à ausência congênita dos dois rins.

Entenda a microcefalia
Em nota enviada à imprensa, o Ministério da Saúde ressaltou que a microcefalia não é um agravo novo. Trata-se de uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Na atual situação, a investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 33 cm. Esse defeito congênito pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como as substâncias químicas, agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.

Crianças que nascem com microcefalia podem ter o desenvolvimento cognitivo debilitado. Não há um tratamento definitivo capaz de fazer com que a cabeça cresça a um tamanho normal, mas há opções de tratamento capazes de diminuir o impacto associado com as deformidades.

Estado de Emergência
Segundo o Ministério da Saúde, o estado de emergência em saúde pública garante que os serviços de saúde tratem a questão da microcefalia com prioridade. A investigação das possíveis causas do aumento vai ser feita em conjunto por equipes do Ministério da Saúde e dos governos estaduais e municipais.

O Ministério da Saúde também ativou, na terça-feira (10), o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COES), em Brasília. Trata-se de um mecanismo de gestão de crise, que reúne as diversas áreas que podem concorrer para resposta a esse evento de forma que o assunto seja tratado como prioridade. A investigação da causa é que tem preocupado as autoridades de saúde.

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Jornal da Paraíba

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