VIDA URBANA
Saúde firma acordo com médicos do Trauma de JP sobre forma de contratação
Acerto foi feito em uma assembleia do Sindicato dos Médicos. Profissionais vão ser prestadores de serviço.
Publicado em 04/01/2020 às 11:59 | Atualizado em 05/01/2020 às 9:56
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) e os médicos do Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, de João Pessoa, firmaram um acordo definindo questões como valores e horários de plantão, colocadas em pauta desde que o Estado assumiu a gestão da unidade hospitalar. Conforme a Secretaria, o acordo foi intermediado pelo Sindicato dos Médicos do Estado Paraíba (Simed), em assembleia na sexta-feira (3), e também decidiu que os médicos serão Prestadores de Serviço, e não poderão, portanto, acumular outros vínculos empregatícios.
Após o acordo, os profissionais que atuavam com contratos de trabalho baseados nas Leis Trabalhistas (CLT) devem receber o valor de 1.300,00 por 12 horas de trabalho, para os plantões realizados durante a semana, e 1.400,00 por 12 horas de trabalho, para plantões no final de semana.
Na manhã de sexta-feira (3), o procurador do Ministério Público do Trabalho, Eduardo Varandas, autorizou, em caráter excepcional, a permanência da cooperativa de cirurgiões Neurovasc por seis meses, até que seja criada a fundação estatal PBSaúde. O MPT não autoriza contratação via Pessoa Jurídica, e por isso, um inquérito civil foi aberto para investigar as novas contratações do Trauma.
Após o acordo, foi apresentada uma nova estrutura para retaguarda do Hospital Metropolitano de Santa Rita, que também vai passar a atender os pacientes do HTOP após o fechamento da unidade. O Metropolitano recebeu 42 novos leitos para internação e bloco cirúrgico, destinados a pacientes de ortopedia e traumatologia.
Entenda o caso
O governador da Paraíba, João Azevêdo (sem partido), anunciou o fim das parcerias com organizações sociais na Saúde estadual. As organizações sociais estão no centro da Operação Calvário, que investiga desvios de recursos públicos do governo estadual e que chegou a prender o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), apontado como líder do esquema criminoso.
Segundo o Sindicato dos Médicos da Paraíba, mesmo com o Governo sabendo da data de encerramento do contrato, não realizou nenhum chamamento público ou licitação para contratação de médicos e outros profissionais. O funcionários contratados em regime de CLT decidiram manter os plantões até a sexta, data da assembleia.
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