VIDA URBANA
Seca causa prejuízos em 170 cidades do Estado
De acordo com o governo estadual, mais de 2,6 milhões de paraibanos sofrem diretamente com a seca.
Publicado em 27/05/2012 às 8:00
Da redação
Até a última sexta-feira (25), a Paraíba contabilizava 170 municípios em situação de emergência, conforme decreto assinado pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), no início deste mês.
Entretanto, na semana passada, o secretário de Infraestrutura, Efraim Morais, anunciou a intenção de incluir mais 25 cidades na situação de emergência, as quais já estão sendo beneficiadas com carros-pipa.
Para minimizar os efeitos da seca na Paraíba, a presidente Dilma Rousseff autorizou a liberação de R$10 milhões do Ministério da Integração Nacional para os municípios. Outros cinco estados também receberão as verbas federais: Ceará, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Sergipe e Minas Gerais. De acordo com o governo estadual, mais de 2,6 milhões de paraibanos sofrem diretamente com a seca.
No Sertão do Estado, os reflexos da seca podem ser observados na economia. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa), Mário Borba, avalia a situação como gravíssima e critica as medidas anunciadas pelos governos federal e estadual. “Tudo que está sendo feito são apenas medidas paliativas, a gravidade é muito maior. O Sertão deveria estar na época da colheita, mas como não choveu, o prejuízo é incalculável”, declara.
Borba lembrou que os agricultores não fizeram reservas de alimentos nem de pastagem, o que deixa a situação ainda mais preocupante. “Não podemos nem imaginar como esses agricultores chegarão até dezembro. Os reservatórios de águas do Sertão estão com menos de 50% da capacidade”, frisa o presidente da Faepa.
Ele critica também a falta de políticas públicas e o alto preço cobrado pela energia, o que acaba impedindo a irrigação das lavouras por alguns agricultores. Segundo ele, esse cenário caótico no Sertão da Paraíba só foi visto no ano de 1999.
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