VIDA URBANA
Servidores do Poder Judiciário aderem à paralisação nacional
Trabalhadores do Poder Judiciário Federal na Paraíba paralisam os serviços a partir desta terça-feira (24). Categoria exige revisão salarial.
Publicado em 24/11/2009 às 7:57
Rebeca Casemiro
Do Jornal da Paraíba
Trabalhadores do Poder Judiciário Federal na Paraíba, em assembleias setoriais realizadas na segunda-feira (23), decidiram aderir ao movimento nacional e decretar greve por tempo indeterminado. Servidores do Tribunal Regional Eleitoral de todo o Estado e do Tribunal Regional do Trabalho em Campina Grande já iniciam a paralisação nesta terça-feira (24).
Em Campina Grande, cerca de 130 servidores iniciam o movimento nesta terça, às 8h. De acordo com a delegada sindical Ângela Cristina Melo, haverá mobilização em frente ao prédio da Justiça do Trabalho na cidade. “Nós estamos aguardando a adesão de todos e iremos nos reunir logo cedo. Às 10h, iremos realizar uma manifestação e contamos com a participação dos servidores”.
Os demais setores da categoria também integrarão o movimento grevista. Servidores da Justiça Federal, das Varas do Trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho no restante do Estado param as atividades a partir de quinta-feira. A coordenação do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário Federal da Paraíba (Sindjuf-PB) espera que 60% dos mais de dois mil servidores paraibanos participem do movimento.
De acordo com Marcos Santos, coordenador-geral do Sindjuf-PB, o movimento grevista já ganhou força em todo o país. No entanto, ele afirmou que o comando de greve vai garantir 30% da categoria trabalhando. “Vamos manter um percentual cumprindo os serviços essenciais da Justiça para que não haja prejuízo maior para a população, mas acreditamos na força do movimento para conseguir nossas reivindicações”, informou.
A categoria exige que o ministro Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal, encaminhe para o Congresso projeto de lei da revisão salarial dos servidores da Justiça Federal. Eles pedem equiparação salarial com os cargos e funções similares dos poderes Legislativo e Executivo. “Esses servidores hoje ganham quase o dobro do que os trabalhadores de mesma função nos Judiciários e nós queremos o quanto antes esse projeto de revisão salarial, para que possamos recompor a defasagem dos nossos vencimentos”, afirmou Marcos.
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