VIDA URBANA
Sobe para 124 número de praias atingidas por óleo no Nordeste; na Paraíba são 16 registros
Todos os estados do Nordeste foram afetados pelo problema. PF está investigando origem do óleo.
Publicado em 04/10/2019 às 10:58 | Atualizado em 04/10/2019 às 17:11
Subiu para 124 o número de praias atingidas por manchas de óleo no Nordeste, segundo balanço divulgado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) na quinta-feira (3). Na Paraíba, são 16 praias em seis cidades.
Apesar de não constar no balanço oficial do Ibama, a Bahia também foi afetada. O estado era o único do Nordeste que não tinha registros do problema. As manchas de óleo chegaram ao litoral norte do estado nesta quinta, segundo o Projeto Tamar, que atua na preservação de espécies marinhas em extinção na região.
Segundo o relatório do Ibama, o maior aumento foi no estado de Sergipe: no último balanço, apenas 4 praias no estado haviam sido atingidas. Agora, já são 10.
Dentre as 124 praias afetadas em todo o Nordeste desde o início de setembro, 10 estão em processo de limpeza, 70 ainda tem manchas visíveis e 44 já estão livres da substância na areia.Pelo menos 12 animais foram atingidos pelo óleo. Não houve nenhum registro desse tipo na Paraíba.
Uma investigação do Ibama aponta que as manchas são de petróleo puro e que todas as amostras têm a mesma origem, mas ainda não é possível afirmar de onde ele veio. Em nota, a Petrobras afirma que o material não é produzido pela companhia.
A suspeita é que o petróleo tenha vindo de navios que passam pela região, segundo a Agência Estadual de Meio Ambiente de Pernambuco (CPRH), que está analisando imagens de satélite da costa. A pesquisa, no entanto, ainda está em estágio inicial.
As manchas começaram a aparecer no início de setembro. O estado com maior número de localidades atingidas é o Rio Grande do Norte, com 43 praias na lista
Inquérito da PF
Na quarta-feira (2), a Polícia Federal divulgou que instaurou um inquérito para apurar a origem da substância encontrada nas praias. As investigações estão concentradas na Superintendência Regional da PF no Rio Grande do Norte, contando com a participação das áreas de combate aos crimes ambientais, de inteligência e de perícia.
A Polícia Federal afirma que as diligências estão em andamento e contam com a participação de diversas instituições, dentre elas o IBAMA, a Marinha do Brasil, Universidade Federal Rural de Pernambuco e o Ministério da Defesa (CENSIPAM).
Há suspeita de que a contaminação tenha relação com navios petroleiros. A hipótese é que algum deles tenha efetuado uma limpeza nos tanques e despejado os rejeitos no mar.
Segundo o coordenador do sindicato dos trabalhadores na indústria do petróleo de Pernambuco e Paraíba (Sindipetro PE/PB), Rogério Almeida, a prática é proibida, mas ainda é realizada.
Situação na Paraíba
Cidades | Praias atingidas |
Mataraca | Barra do Rio Camaratura |
Cabedelo | Formosa, Camboinha, Poço e Intermares |
João Pessoa | Cabo Branco e Tambaú |
Conde | Gramame, Praia do Amor,Tambaba e Jacumã |
Pitimbu | Praia Bela |
Rio Tinto | Oiteiro, Lagoa de Praia, Campina e Barra de Mamanguape |
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