VIDA URBANA
Transposição do São Francisco: obras em açudes de Poções e Camalaú são reiniciadas, diz Dnocs
Serviços devem ser concluídos no período de até quatro meses, conforme cronograma.
Publicado em 02/04/2018 às 14:06
Foram reiniciadas nesta segunda-feira (2) as obras de construção de galerias e colocação de tubulações nos açudes de Poções e Camalaú, no Cariri da Paraíba. A obra retoma o cronograma de serviço para conclusão do Eixo Leste da transposição do Rio São Francisco. Devido aos trabalhos nos dois reservatórios, o bombeamento das águas no trecho foi suspenso. O cronograma de serviço estabelece que as obras sejam concluídas no prazo de até quatro meses.
O coordenador do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) na Paraíba, Alberto Gomes, informou que às obras buscam modernizar os mananciais. “São obras programadas que estavam previstas dentro contrato de serviço da transposição, mas que haviam sido suspensas em questão da necessidade hídrica de Campina Grande, devido o baixo volume do açude Boqueirão. As equipes de trabalho já estão em mobilização nos mananciais de Poções e Camalaú em reinício aos serviços e o bombeamento das águas no canal está suspenso. Essas obras foram paralisadas em março do ano passado para atender a população de Campina Grande, devido o risco de colapso hídrico em decorrência do baixo nível de água do açude Boqueirão”, disse.
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No reservatório de Camalaú, o procedimento de interferência feito pelo Dnocs ocorre em necessidade da construção de duas galerias de concreto, incluindo a instalação de válvulas para o controle das águas. Em Poções, o trabalho vai se concentrar na instalação de tubos. “Além do trabalho de recuperação dos mananciais, as obras vão possibilitar o processo de modernização para o controle das águas nesse trecho do Eixo Leste da transposição. Hoje às águas apenas passam pelos reservatórios, uma vez que foi feito um rasgo na estrutura de barramento para permitir o escoamento rápido [na época] até o açude Boqueirão”, explicou Alberto Gomes.
Segurança Hídrica
O presidente da Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba (Aesa), João Fernandes, ressaltou que a suspensão do bombeamento da águas não causa risco para segurança hídrica da população abastecida pelo açude Boqueirão. "Para Campina Grande e região não há nenhum problema. A água acumulada em Boqueirão hoje é suficiente para atender o período de dez meses, isso sem incluir o registro de novas chuvas. Nossa expectativa é que o prazo de quatro meses seja cumprido para conclusão das obras", comentou.
O açude de Boqueirão acumula nesta segunda-feira (2), 70.596.140,80 milhões de metros cúbicos de água, o que corresponde ao percentual de 17,15%.
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