VIDA URBANA
Trauma de Campina Grande atende 22 vítimas de acidente de moto por dia
Número de casos apresentou uma redução de 9% em janeiro, mas ainda preocupa.
Publicado em 03/02/2020 às 18:27 | Atualizado em 04/02/2020 às 12:46
Os registros de vitimas de acidentes com motocicletas no interior da Paraíba tiveram uma redução de 9%, num comparativo entre os casos que aconteceram nos meses de janeiro de 2019 e 2020. No ano passado foram 757, contra 692 este ano. Estes números fazem parte do balanço de atendimentos do Hospital de Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande. Mesmo com a diminuição, os números ainda são alarmantes, com uma média de 22 atendimentos desse tipo por dia na unidade
Os números mostram que a unidade hospitalar atendeu vítimas de aproximadamente 80 cidades, das regiões do Cariri, Seridó e Sertão da Paraíba. Por estar localizado na Rainha da Borborema, Campina Grande lidera a lista com 324 casos atendidos. A lista segue com Alagoa Nova, Areia, Boqueirão, Lagoa Seca, Puxinanã e Queimadas, registrando uma média entre 18 e 14 casos.
O diretor técnico do Trauma de Campina Grande, Gilney Porto, reforçou que os números são alarmantes e por isso, uma das medidas tomadas pela direção do hospital é realizar campanhas em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal, na tentativa de conscientizar e diminuir a quantidade de acidentes.
“São números que chamam a atenção de vários setores da sociedade a muito tempo. Dizemos que é uma epidemia, pelos números. Isso nos preocupa bastante. Já divulgamos com a ajuda dos meios de comunicação, fizemos campanhas em conjunto com os órgãos de segurança, exatamente para ver se os casos diminuem”, disse Gilney.
As maiores ocorrências provocadas por acidentes de moto acontecem no fim de semana, por causa da ingestão de bebidas alcoólicas e logo depois, as vítimas usam as motocicletas. Fazendo um paralelo com João Pessoa, por exemplo, o Hospital de Trauma da Capital registrou 96 casos, apenas entre os dias 31 de janeiro e 03 de fevereiro.
O médico Gilney Porto ainda destacou que um dos grandes problemas, em relação às vítimas de acidente de moto, é que elas passam muito tempo internadas e várias adquirem sequelas, quando não acabam morrendo.
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