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VIDA URBANA

Trauma e Arlinda Marques ficam novamente sem cirurgias eletivas

Anestesistas garantem comparecer aos plantões, mas só realizarão cirurgias de emergência. Protesto é por conta de dívidas do Estado com a categoria referentes à 2010.

Publicado em 17/03/2011 às 16:25

Da Redação

Apesar da nota enviada pela secretaria de comunicação do estado na noite desta quarta-feira (16) ter anunciado o fim da “Operação Tartaruga” dos anestesistas do Hospital de Emergência e Trauma e do Hospital Arlinda Marques, ambos na Capital, a categoria anunciou que as cirurgias ainda estão suspensas.

Os médicos continuarão comparecendo em seus plantões e realizando cirurgia de emergência, mas os casos eletivos, onde não existe risco de morte e podem ser programados, terão que aguardar até a regularização dessa situação. Os anestesistas garantem que não irão abandonar as emergências e nem deixarão os hospitais.

Segundo Vinícius Formiga, presidente da Cooperativa dos Anestesiologistas da Paraíba, não houve uma reunião de fato, apenas uma conversa por telefone com o secretário da Saúde, Waldson de Souza, e nada foi acordado. “Estamos sem receber junho, julho e outubro de 2010. O secretário informou que a gestão anterior cancelou os empenhos e que eles estão tentando alguma forma de pagar”, informou.

Vinícius informou, ainda, que a secretaria calcula que os meses atrasados sejam pagos na próxima semana, mas os anestesistas já esperam há nove meses. “Não estamos brigando por reajustes, apenas querendo que nos paguem pelo que nós trabalhamos, essa demora gera muitos transtornos”, disse.

Agravante

Os anestesistas que têm seus salários atrasados são prestadores de serviço, ou seja, não têm vínculo empregatício com o Estado. Além do atrasado no pagamento, os médicos esperam, ainda, a publicação dos seus contratos no Diário Oficial, que está atrasando os salários também desde o começo do ano. “Infelizmente, os prestadores de serviço representam 90% do quadro de anestesistas do Trauma”, pontuou Vinícius.

Cirurgiões

Nos meses de janeiro e fevereiro os cirurgiões pediátricos pararam as cirurgias eletivas do Arlinda Marques em protesto pelo não pagamento de salários atrasados e pela falta de um novo contrato com o governo do Estado. A situação só foi normalizada depois que um novo contrato foi assinado e a promessa de pagamento dos atrasados foi acertada.

Imagem

Jornal da Paraíba

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