icon search
icon search
home icon Home > cotidiano > vida urbana
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

VIDA URBANA

TRT exige retorno de motoristas ao trabalho

Coletivos voltaram a operar parcialmente no início da noite desta segunda-feira (7) em cumprimento à determinação do TRT.

Publicado em 08/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 05/02/2024 às 16:26

Após 18 horas de paralisação, linhas de ônibus voltaram a funcionar em João Pessoa. Os transportes coletivos voltaram a operar parcialmente no início da noite de ontem em cumprimento à determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), que exigiu ao Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transportes Coletivos Rodoviários de Passageiros e Cargas no Estado da Paraíba a manutenção do trabalho de 60% do efetivo dos empregados. Em caso de descumprimento da decisão judicial, a entidade sindical está sujeita ao pagamento de multa diária no valor de R$ 50 mil.

Conforme o posicionamento do vice-presidente do TRT, desembargador Ubiratan Delgado, o percentual de empregados exigido pela Justiça é o mínimo para manter o funcionamento de 60% de cada uma das áreas e unidades das empresas que aderiram ao movimento grevista. O magistrado determinou ainda que o sindicato se abstenha de adotar qualquer tipo de ato que impeça o trabalho dos empregados, sobretudo no que se refere ao acesso a seus prédios, sob pena de multa de R$ 10 mil por cada ato obstrutivo comprovado.

A decisão do TRT acatou em parte as solicitações do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros no Município de João Pessoa (Sintur-JP), Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros no Estado da Paraíba (Setrans-PB) e Associação das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa (AETC-JP), que pediram a ilegalidade da greve e retorno de 95% dos motoristas, cobradores e outros trabalhadores da categoria.

Segundo Ubiratan Delgado, a decisão foi “dotada de maior razoabilidade e proporcionalidade, pois, de um lado, não frustra o direito constitucional de greve e, ao mesmo tempo, possibilita aos empregados a prestação dos serviços indispensáveis à comunidade”.

Também durante a tarde de ontem, o Procon Municipal de João Pessoa notificou todas as empresas de transporte coletivo da capital e o sindicato dos trabalhadores para que disponibilizem de imediato o funcionamento de 30% da frota de ônibus da capital, enquanto durar o movimento grevista, sob pena de multa diária de 50 mil UFIRs.

Segundo o presidente da AETC, Mário Tourinho, as empresas passaram todo o fim de semana em negociações com o Sindicato dos Rodoviários e ainda foram apresentadas algumas propostas. “Nós propusemos um reajuste no valor de 6,5%, que ficava acima do reajuste de muitas classes trabalhistas e ainda acima do INPC, e esse não é um percentual desprezível, porém a categoria insistiu em manter a greve”, comentou.

Ele adiantou ainda que hoje, às 10h, haverá uma reunião no TRT para verificar o cumprimento da decisão judicial e tentar novas negociações com o Sindicato dos Rodoviários.

MOTORISTAS PROTESTAM EM FRENTE ÀS EMPRESAS

Em frente a uma das principais empresas de transportes coletivos que circulam diariamente na capital, motoristas, cobradores e sindicalistas permaneceram durante toda a manhã de braços cruzados. Os profissionais relataram a insatisfação com a atual situação vivenciada pela classe.

“Não temos um salário equiparado às nossas responsabilidades”, reclamou o motorista Tayrone de Sousa.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Antônio de Pádua, a categoria está aberta a negociações. “Eles nos propuseram um acordo que não chegava nem a 6%. Então paramos todos. São oito empresas paradas, todas com piquetes, 100% das atividades paralisadas, o equivalente a cinco mil operadores de braços cruzados”, disse pela manhã.

As reivindicações da categoria são reajuste de 14% no salário dos cobradores e motoristas e aumento no ticket alimentação para R$ 500.

A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA tentou contato telefônico com o presidente do sindicato para saber mais informações sobre o cumprimento da decisão do TRT e notificação do Procon Municipal. Mas até o fechamento desta edição não obteve resposta.

300 MIL SEM TRANSPORTE

A greve iniciada na madrugada de ontem pelos empregados das empresas de transporte coletivo urbano de João Pessoa, Bayeux, Cabedelo, Santa Rita e Conde afetou mais de 300 mil usuários. O Terminal de Integração ficou com os portões fechados e só reabriu por volta das 18h, e as paradas de ônibus, desertas durante o dia, passaram a registrar pequena movimentação também no mesmo período.

A frota de ônibus da Região Metropolitana da capital ficou 100% parada até as 18h de ontem. Enquanto isso, quem dependia desse meio de transporte teve que esperar longas horas para conseguir uma carona ou, ainda, gastar dinheiro em transportes alternativos ou táxis para conseguir chegar aos respectivos destinos.

Nas ruas, longa espera da população e trabalho para os motoristas de transporte alternativo que transportavam os passageiros em direção às regiões da orla, Centro e Epitácio Pessoa.

As paradas localizadas no Parque Solon de Lucena, comumente tão cheias de estudantes e trabalhadores, estavam desertas. Da mesma forma em diversos bairros da capital e Região Metropolitana.

Na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), os alunos também sentiram as conse- quências da paralisação e as aulas foram suspensas. (Colaborou Othacya Lopes)

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp