VIDA URBANA
Violência causa medo em Santa Rita
População da cidade conta que está assustada com os crimes, já que os bandidos agem a aqualquer hora do dia.
Publicado em 12/01/2014 às 9:00 | Atualizado em 20/06/2023 às 11:42
Os moradores de Santa Rita, na Região Metropolitana de João Pessoa, estão cada vez mais assustados com a violência na cidade. A cada dia, novos homicídios, assaltos e outros crimes são noticiados e têm gerado a sensação de insegurança e medo na população local, que relata não ter dia, nem horário para os criminosos agirem.
Recentemente, por exemplo, em apenas um dia do mês de dezembro, a polícia recebeu informações sobre disparos de armas de fogo no bairro de Várzea Nova, por meio do Centro Integrado de operações Policiais (Ciop). Ao chegar no local, o corpo de um homem de 44 anos foi encontrado morto em um beco na travessa Boa Vista. De acordo com a polícia, uma pedra de crack foi encontrada no bolso da vítima. Pouco tempo depois, um jovem de 27 anos também foi morto com quatro tiros no bairro Tibiri II, no mesmo município.
Situações como essas, em que as pessoas não podem mais andar nas ruas da cidade com medo de serem atingidas por balas perdidas, têm feito com que alguns moradores mudem a rotina, como é o caso de um aposentado, de 57 anos, que se identificou apenas pelas iniciais do nome, J. J., por medo de represálias. Ele contou que mora em Santa Rita há 20 anos, mas que nos últimos tempos a violência tem tomando grandes proporções e o impedido de sair de casa.
“Aqui tem morte todos os dias. Quando saímos de casa para ir ao mercado, somos assaltados. Há dois meses, me levaram o celular e os óculos. Hoje em dia não saio mais de casa para beber com amigos, prefiro comprar as coisas e tomar uma cervejinha em casa mesmo”, revelou. “Antes a gente vinha para as festas aqui na praça para paquerar e se divertir, mas hoje os homens vêm para trocar bala”, completou.
Outra moradora, a jovem Rejane da Silva Félix, 25 anos, também já foi vítima dos criminosos que atuam em Santa Rita.
“Há quase 2 meses eu estacionei minha moto por trás da prefeitura e quando voltei para ir embora, ela não estava mais lá. Até agora não consegui recuperar minha moto. Quando preciso sair, estou usando ônibus ou o transporte alternativo”, relatou.
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