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CULTURA

A realeza está dormindo

Morre aos 92 anos o sambista Roberto Silva; conhecido como 'Príncipe do Samba' músico estava internado no Rio, após sofrer um AVC.

Publicado em 11/09/2012 às 6:00


"Silêncio, o sambista está dormindo. Ele foi, mas foi sorrindo", chegou a compor o paulista Geraldo Filme (1928-1995). Nada mais apropriado para a madrugada do último domingo, quando o músico Roberto Silva – mais conhecido como o ‘Príncipe do Samba’ – cantou o último suspiro, no Rio de Janeiro, no alto de seus 92 anos.

O artista vinha sofrendo de câncer na próstata. Na sexta-feira, foi internado após sofrer um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e apresentar um rim paralisado. O corpo foi velado e enterrado na tarde dominical, no Cemitério de Inhaúma.

"Roberto Silva é a ponte que vai de Orlando Silva a João Gilberto", declarou ao jornal O Globo Caetano Veloso, que gravou a canção 'Juracy' com o músico no disco Casa de Samba ao Vivo (1996). "Um dos melhores cantores que o Brasil já teve", resumiu.

"Ele era maravilhoso, um sambista moderno, como Jorge Veiga e Moreira da Silva", lamentou Beth Carvalho. "A bossa nova tirou sua modernidade de sambistas como eles."

A 'Madrinha do Samba' revelou que Roberto Silva gravou uma participação no seu novo DVD, ainda inédito.

SILVA DA NOBREZA
“Era fã de Moreira da Silva e Orlando Silva, e até então era Roberto Napoleão e quis também incorporar o sobrenome famoso de seus ídolos”, recordou o carioca da gema quando foi entrevistado para o projeto Depoimentos para a Posteridade, do Museu da Imagem e do Som, no ano de 2009.

Trabalhava nos Correios no começo de sua carreira. Em 1938, aos 18 anos, ouviu na Rádio Guanabara o locutor ‘convidar’ a comparecer na estação aqueles que tivessem uma boa voz para fazer um teste. "Disse para a minha mãe que iria tentar cantar na rádio, mas não tinha roupa arrumada para ir. Ela me disse: ‘Filho, você tem duas fardas lindas dos Correios, vou arrumar uma delas para você’. Fui para lá, no dia seguinte fiz o teste e passei.”

Dono de um estilo sincopado, lançou sucessos como 'Mandei fazer um patuá' (R. Olavo / N. Martins), 'Maria Teresa' (Altamiro Carrilho), ‘Juraci me deixou’ (R. Olavo / O. Magalhães), 'Escurinho' (Geraldo Pereira), entre outros. No total, gravou 350 discos de 78 rotações e 38 LPs.

Entre relançamentos em CD, destaca-se a coletânea Roberto Silva Canta Orlando Silva (1997). A última vez que entrou no estúdio foi há 10 anos, quando participou do álbum O Samba é Minha Nobreza. No mesmo ano, já tinha lançado Volta por Cima, em que interpreta clássicos do gênero.

Apesar da idade, o 'Príncipe do Samba' ainda estava na ativa.

“Agora é a vez da rapaziada. Estou aqui apenas para mostrar o que plantei”, anunciou quando deixou o palco em um show no começo do ano, em Belo Horizonte, antes de seguir para Pernambuco.

Imagem

Jornal da Paraíba

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