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CULTURA

‘Ariano’ encerra turnê com apresentações nesta terça e quarta

Além da peça escrita pelo repórter do Jornal da Paraíba, Astier Basílio, também é possível conferir sessão extra do espetáculo "Milagre Brasileiro".

Publicado em 30/03/2010 às 12:25

André Cananéa
Do Jornal da Paraíba

Abordo do que foi chamado de ‘Turnê Grande Chico’, o espetáculo Ariano viajou do Rio de Janeiro para Belo Horizonte, depois Salvador, Aracaju, Maceió, Recife, Taperoá e nesta terça desemboca em João Pessoa, para encerrar esse passeio (patrocinado pela Petrobras) que levou o universo do escritor Ariano Suassuna por sete cidades brasileiras, incluindo a que o autor nasceu.

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Ariano, a peça, nasceu no Rio de Janeiro em 2008, quando o autor completou 80 anos. Escrita pelo encenador carioca Gustavo Paso em parceria com o jornalista e escritor Astier Basílio (da reportagem do JORNAL DA PARAÍBA), o espetáculo recebeu críticas positivas e o aplauso do público.

No palco, o escritor (vivido por Gustavo Falcão, revelado no mesmo A Máquina de onde saíram Wagner Moura e Lázaro Ramos) vive uma jornada poética, na qual encontra personagens criados por ele, como João Grilo (Auto da Compadecida) e Clarabela, Simão e Nevinha (A Farsa da Boa Preguiça).

Ariano fica em cartaz somente nesta terça (30) e na quarta-feira (31) no teatro Paulo Pontes. A entrada é gratuita.

Peça ‘Milagre Brasileiro’ tem sessão extra pelo Sesc

A temporada da peça Milagre Brasileiro, que estreou no último dia 12 e segue até 11 de abril, sempre de sexta a domingo, no teatro Ariano Suassuna (JP), conta com uma apresentação extra no projeto ‘À Boca da Noite’, promovido pelo Sesc da capital, na noite desta terça-feira, com entrada franca para portadores de carteira atualizada da entidade comerciária - o público em geral paga R$ 10,00 (inteira), R$ 5,00 (meia).

Com texto contemplado pelo prêmio Myriam Muniz de Artes Cênicas, a montagem parte de uma família de desaparecidos políticos para refletir sobre a Ditadura Militar, sobretudo o AI-5 e a tortura como política de Estado. No palco, oito atores dão vida às atrocidades cometidas pelo Regime Militar. Na família – pai, mãe, sogra e as filhas, todos usando máscaras de caveira –, a relação com o regime é desenrolada de maneira simétrica a um grupo de teatro que discute o papel político da arte.

Resultado de um processo colaborativo entre os integrantes do coletivo de teatro Alfenim, dirigido pelo paulista Márcio Marciano (o mesmo da famosa Cia. do Latão, hoje radicado em João Pessoa), Milagre Brasileiro merece ser visto tanto pela maneira inteligente e madura como o tema é levado ao palco, como pela solução cênica encontrada pelo encenador e o seu grupo. Apenas 50 espectadores, alinhados em cima do palco, podem ver a sessão.

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Jornal da Paraíba

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