CULTURA
Espetáculo paraibano viaja este mês para Brasília e Rio de Janeiro
Coletivo de Teatro Alfenim leva a peça Quebra-Quilos para turnê em duas cidades. Companhia reúne nomes como Zezita Matos e Soia Lira.
Publicado em 04/02/2009 às 17:33
Astier Basílio, do Jornal da Paraíba
Este ano, o coletivo de Teatro Alfenim completa dois anos de funcionamento. Fundado pelo experiente Márcio Marciano, dramaturgo e encenador da Companhia do Latão, em São Paulo, a companhia reúne grandes nomes do teatro paraibano como Zezita Matos e Soia Lira, além de revelações como Daniel Porpino. Em 2009, o grupo fará viagens importantes.
O grupo realizou o espetáculo Quebra-Quilos, que apresenta, sob a perspectiva do teatro épico, uma revolta popular ocorrida no século XIX.
A peça, este mês, será apresentada em Brasília e no Rio de Janeiro. O grupo ainda ministrará oficinas nas duas capitais. A oficina será destinada a atores, diretores e estudantes de teatro da cidade.
No mês de maio, o Alfenim volta a pôr o pé na estrada. Desta vez, o grupo irá para São Paulo participar da prestigiada Mostra Latino-Americana de Teatro de Grupo. Ainda está agendada uma residência artística em Juazeiro, no Teatro Patativa do Assaré, pelo Sesc-Cariri.
No primeiro semestre, o Quebra-Quilos será apresentado nas cidades de Cajazeiras, Patos e Pombal dentro das programações do programa BNB de Cultura.
Novo espetáculo
Enquanto prepara as malas para circular, o Grupo Alfenim não para e está realizando reciclagens, fazendo alguns apontamentos para o novo espetáculo. “Nos intervalos das viagens, seguimos com ensaios e oficinas relâmpago. Na semana passada, estivemos por três dias com a Denise Stultz (coreógrafa ligada a teatro). A Paula Coelho (professora do Departamento de Artes Cênicas da UFPB) também começará a pôr em prática a pesquisa que desenvolveu a partir do Grotowski”.
Atualmente, o grupo Alfenim está fazendo leituras, dentre os títulos escolhidos estão O ABC do materialismo histórico, de Trotsky e Os Diários de trabalho de Brecht. Do ponto de vista de dramaturgia, Márcio Marciano segue em algumas linhas temáticas, a exemplo dos anos de chumbo da ditatura militar e o tema da “Invenção do Nordeste”.
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