CULTURA
Fest Aruanda 2016 exibirá 40 filmes em 90 horas de programação
Evento acontece em João Pesoa entre os dias 8 e 14 de dezembro.
Publicado em 02/12/2016 às 19:56
A 11ª edição do Fest-Aruanda do Audiovisual Brasileiro, que acontecerá de 8 a 14 de dezembro, reúne, esse ano, 40 filmes de curta, média e longas-metragens, sendo a maioria ainda inéditos no circuito comercial do país. Entre os principais destaques da programação estão os documentários em longa-metragem 'Axé: canto de um povo de um lugar', de Chico Kertész; e 'Divinas Divas', estreia da atriz Leandra Leal como diretora.
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Serão 12 curtas e sete longas-metragens participando da mostra competitiva; cinco longas da mostra ‘Sob o céu nordestino’, que trazem filmes com temática da região; além de curtas produzidos na Universidade Federal da Paraíba (cursos de Cinema; Mídias Digitais e Artes Cênicas), que serão exibidos na mostra ‘O curta ainda pulsa... Produções Universitárias e
Independentes’. Tendo o paraibano Péricles Leal como grande homenageado, o festival usou o personagem ‘Falcão Negro’ como parte de sua identidade visual.
Mais uma vez, o festival será realizado em parceria com a rede Cinépolis do Manaíra Shopping. Como parte da homenagem ao romancista e jornalista que criou o primeiro herói juvenil brasileiro, o festival irá exibir o DOCTV ‘Péricles Leal – O criador esquecido’, do professor da UFPB, João de Lima. Também será homenageado o jornalista, pesquisador e crítico de cinema Wills Leal, pelos seus 80 anos de idade. Wills receberá já na abertura do evento o Troféu Aruanda, e também receberá um troféu da Academia Paraibana de Cinema, da qual é presidente e sócio-fundador.
Haverá homenagens póstumas ao jornalista Geneton Moraes e ao cineasta paraibano Manfredo Caldas, ambos mortos este ano. O Festival deverá exibir o dossiê ‘Geneton Moraes’ (Globo News) com a última entrevista realizada com Vladimir Carvalho, e o curta-metragem ‘Cinema Paraibano – 20 anos’, de Manfredo Caldas.
Os longas
O longa-metragem escolhido para abrir o festival foi o documentário ‘Axé: canto de um povo de um lugar’, de Chico Kertész, que fala sobre o ritmo, surgido na Bahia, que acabou conquistando todo o país. Já no encerramento, um outro documentário terá lugar. ‘Pitanga’, de Beto Brant e Camila Pitanga, traz a trajetória do ator Antônio Pitanga e marca a estreia de Camila, filha do ator, na direção. Ambas as exibições não participam da mostra competitiva.
Estarão concorrendo a troféus os documentários ‘Silêncio no Estúdio’, de Emília Silveira; e ‘Divinas Divas’, de Leandra Leal; e as ficções ‘Canastra suja’, de Caio Soh; ‘Deserto’, de Guilherme Weber; ‘Era o hotel Cambridge’, de Eliane Caffé; ‘Fica mais escuro antes do amanhecer’, de Thiago Luciano; e ‘Vermelho Russo’, de Charly Braun.
Curtas
Para a mostra competitiva de curtas foram selecionados 12 trabalhos, sendo oito ficções e quatro documentários, que foram escolhidos pela comissão de seleção entre mais de 150 inscritos. A escolha contemplou sete estados de três diferentes regiões do país, e quatro entre os curtas escolhidos são paraibanos.
A quantidade de produções paraibanas surpreendeu a comissão e excedeu os números de anos anteriores. Para acompanhar esse ritmo, e estimular a produção universitária, a organização do festival criou a mostra ‘O curta ainda pulsa...’, que exibirá trabalhos dos alunos do curso de cinema da UFPB.
CGU
O Fest Aruanda em parceria com a Controladoria Geral da União, regional Paraíba (CGU), promoverá uma sessão do curta ‘Algo mais Explícito’, de Cavi Borges, no Dia Mundial Contra a Corrupção (12/12). A CGU está promovendo um concurso de vídeos de um minuto com a temática da corrupção, e os vencedores serão exibidos também nesta sessão.
Fest-Looke Aruanda
Outra parceria inédita este ano é com a empresa de streaming Looke, que promoverá uma sessão especial do longa-metragem ‘Viva’, coprodução dos países Irlanda e Cuba, e a premiação aos melhores curtas e longas do evento com DCPs.
Será lançado na próxima segunda-feira, dia 5, edital do Fest-Looke Aruanda de Micro-Metragem que consistirá na produção de curtas de até 3 minutos que deverão ser produzidos no período de 120 horas (da noite do dia 8 até meio dia do dia 13, véspera de encerramento do festival. Os filmetes poderão ser produzidos a partir de qualquer suporte (até celular) e gênero (ficção, documentário, experimental, híbrido...). Única obrigatoriedade a ser cumprida é quanto ao tema que só será divulgado na solenidade de abertura do festival, na noite do dia 8. Os três primeiros colocados serão exibidos na solenidade de encerramento e apenas o primeiro lugar terá premiação.
Atividades paralelas
Como já é tradição, todos os anos o festival também traz atividades educativas. Este ano a professora Doutora do Instituto de Artes da Universidade de Campinas (Unicamp), Ariane Porto, ministrará o workshop ‘Produção criativa: os desafios da universidade na construção de uma política cultural transnacional’.
Além disso, serão feitos debates diários sobre os filmes exibidos e sobre temáticas específicas; a importância de Péricles Leal de Wills Leal, Manfredo Caldas Caldas e um debate sobre a produção de atores com atuação por trás das câmeras estão entre as mesas-redondas
O Fest Aruanda trará ainda o lançamento de quatro livros: ‘100 melhores filmes brasileiros’, da Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine); ‘A teia narrativa: Conceitos de roteirização no cinema interativo’, de Nathan Cirino; ‘Cinema Noir: A Sombra como experiência estética e narrativa’, de Bertrand Lira; e ‘Cinema Brasileiro a Partir da Retomada: Aspectos Econômicos e Políticos’, de Marcelo Ikeda.
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