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CULTURA

Hermano José: pintor, artista plástico, ativista cultural e ecológico

Paraibano Hermano José foi pintor, desenhista, gravador, crítico de arte, cenógrafo, poeta, ilustrador, professor, ativista cultural e ecologista.

Publicado em 26/03/2023 às 9:13


                                        
                                            Hermano José: pintor, artista plástico, ativista cultural e ecológico
Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

Pintor, desenhista, gravador, crítico de arte, cenógrafo, poeta, ilustrador, professor, ativista cultural e ecologista. Hermano José é um dos maiores nomes da arte paraibana. Nascido em Serraria, no Brejo da Paraíba, em 15 de julho de 1922, mesmo ano da Semana de Arte Moderna, o artista morreu em 21 de maio de 2015.

Hermano José nasceu no Engenho Baixa Verde, no interior do município de Serraria, onde começou a ter contato com a arte. Ainda criança, Hermano se mudou com os pais para a cidade de Caiçara, também no Brejo, e nesta época recebeu uma caixa de lápis de cor, quando começou os primeiros desenhos.

Na adolescência, Hermano se mudou para João Pessoa e, ao se mudar para a capital paraibana, começou a relacionar as belezas naturais com seus instintos com as pinturas. Também nesta época, Hermano começou a descobrir as praias do Rio Grande do Norte e começou a transcrever em telas as paisagens potiguares.

Na sua trajetória, Hermano José representou as alamedas do Centro Histórico de João Pessoa, o vesúvio das depressões naturais, o bucolismo dos engenhos, a mágica circense, entre tantos outros elementos. Militante da preservação ecológica do Cabo Branco, Hermano temia que os lugares explorados turisticamente, como a Praia do Jacaré, perdessem suas características naturais ao longo do tempo. Hermano José faleceu em 21 de maio de 2015, aos 93 anos, na cidade de João Pessoa, em decorrência de pneumonia. Ele deixou uma coleção de 6.500 bens culturais, com obras em 25 tipologias diferentes, tais como gravuras, telas, esculturas, vitrais e louças, tanto de sua autoria como de artistas nacionais, e uma biblioteca com cerca de 3.000 títulos e itens arquivísticos que contam a história das artes na Paraíba.

Influência da natureza na obra de Hermano José

Em entrevista à TV Cabo Branco décadas atrás, Hermano relatou que a vivência com a natureza que obteve no interior da Paraíba o ajudou a enxergar as belezas de João Pessoa e do Litoral do Nordeste com outros olhos.

“Convivi com a natureza desde a minha infância e adolescência. A natureza veio comigo para João Pessoa, por isso eu me dirigi às praias, que era o que me esvazia uma relação do que eu vivi no interior com João Pessoa”, disse Hermano.

Quando se mudou para o Rio de Janeiro, entre as décadas de 60 e 70, a casa de Hermano reunia estudantes e paraibanos, e o local era palco de debates artísticos, além de conversas culturais e debates sobre o momento político da época, que atravessava a Ditadura Militar.

Hermano José auxiliou diversas pessoas a adentrar na área artística. Uma das pessoas influenciadas pelos ensinamentos do Hermano foi o artista plástico paraibano Flávio Tavares. Flávio explicou que os ensinamentos de Hermano o fizeram amadurecer na arte.

“Principalmente no erro é quando aparece o professor. ‘Muda essa cor’, ‘está muito com cores pastéis’ - dizia Hermano para Flávio. O crítico é aquele que faz crescer. Ele [Hermano] era visceral, era um diamante, sabia ver”, explicou o artista plástico Flávio Tavares.

				
					Hermano José: pintor, artista plástico, ativista cultural e ecológico
Foto: Reprodução/TV Cabo Branco. Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

Hermano José na luta pelo meio ambiente

Hermano não teve impacto apenas no setor artístico, mas teve sua vida voltada, também, para a militância ecológica. E um dos símbolos da luta de Hermano pela preservação do meio ambiente foi a Falésia do Cabo Branco, em João Pessoa. O artista explicou, em entrevista à TV Cabo Branco, a importância da falésia para o embelezamento da capital paraibana e para a ecologia da região.

“[A falésia do Cabo Branco] é uma paisagem natural muito bonita. Não só pela variação, mas tem um mar, tem a montanha, tem as cores. Representa um dos aspectos da natureza mais bonitos. E João Pessoa tem esse privilégio de ter o Cabo Branco, embora não tenha tido o cuidado de preservação que merece.

				
					Hermano José: pintor, artista plástico, ativista cultural e ecológico
Obra de Hermano José retratando a Falésia do Cabo Branco - Foto: Reprodução/TV Cabo Branco. Obra de Hermano José retratando a Falésia do Cabo Branco - Foto: Reprodução/TV Cabo Branco

Parte das obras de Hermano José foram reunidas na casa onde o artista plástico morou, no Jardim Oceania, na zona leste de João Pessoa. A residência se tornou o Museu Casa de Cultura Hermano José, que atualmente é um equipamento cultural ligado à Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A sua criação é resultado da doação realizada ainda em vida pelo artista plástico Hermano José.

A série ‘Histórias da Gente’ foi ao ar no Bom dia Paraíba e apresentou o trabalho de quatro pessoas ligadas à arte que ganharam importância na Paraíba e até fora do Brasil. O episódio sobre o pintor e poeta Hermano José está disponível no Globoplay.

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Jornal da Paraíba

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