Hoje é dia de rock, bebê

Hoje é dia de rock, bebê! Celebrado todo dia 13 do mês de julho, o Dia Mundial do Rock nasceu em 1985, a partir do festival Live Aid apresentado naquele ano, e, neste sábado, ganha comemoração em João Pessoa com quatro artistas da terra: as cantoras Mira Maya e Val Donato e as bandas Outona e Zé Viola Progressive Band.

Promovidos pela Funjope, os shows começam às 19 horas no palco do Sabadinho Bom (na praça Rio Branco, Centro), com acesso gratuito ao público.

MIRA MAYA

Mira Maya aproveita a chance para mostrar sua verve roqueira. “Estou extremamente honrada em estar nesse evento! Ralei um bocado para me encontrar e para vencer minha própria barreira de assumir que queria abraçar o caminho do rock numa terra que respira forró”, comenta com a reportagem.

Com essa pegada e visual novo, a cantora prepara seu segundo CD. Ainda sem nome, o disco está sendo produzido pelo carioca Ricardo Vidal, o mesmo que trabalha os discos d’O Rap-
pa. “O cara foi uma faculdade pra mim”, afirma. “Fizemos uma coisa inédita aqui: ele veio com o assistente dele e todo o equipamento pra cá (João Pessoa) no Carnaval. Montamos um estúdio com tudo que tínhamos direito na Estação Ciência e gravamos por 12 horas, durante 15 dias”.

Com uma banda formada por Geffe Guimarães (baixo e teclado), Elton Veiga (guitarra), Rafael Oliveira (bateria) e Manu Lima e Roberta Amaral (vocais), o CD de Mira Maya terá 13 faixas escritas por ela (e parceiros como Escurinho e Erivan Araújo) e deve sair até o final do ano.

Essa mesma formação – com Sérgio Lira nas baquetas, ao invés de Rafael - sobe ao palco com Mira Maya hoje à noite para mostrar cinco músicas desse novo trabalho - ‘Eu me lembro’, ‘ A chuva’ e ‘Hoje vou te pegar’, entre elas - e versões para ídolos que a cantora cultiva, como Alanis Morissette, em repertório renovado.

VAL DONATO

Já com CD na mão, Val Donato sobe ao palco da Rio Branco focada em suas próprias canções (adiantadas pelo JP na última quinta-feira) e versões para músicas de autores paraibanos. No repertório entram seus hits ‘Cargas’ (que gravou com Leoni), ‘A ditadura do povo’ e ‘Casos noturnos’, atrelados a versões para músicas da (saudosa) Dasbandas da Parahyba, Escurinho e Jonathas Falcão, além dos tradicionais Nirvana, Amy Winehouse e Chico Science & Nação Zumbi.

“A gente tá tentando focar os shows, de agora em diante, que seja ao máximo autoral e, se for para tocar cover, por que não tocar os nossos compositores?! Tem muita música boa daqui”, afirma a cantora.

Val canta na companhia d’Os Cabeças Rafa Chaves (Guitarra), Cleanto Neto (baixo) e Almir Cesar (batera) e conta com as participações do ex-Cabeça Daniel Pina (hoje estudando em Los Angeles, EUA), Gabriel Caminha e Giordano Fragg (produtor e arranjador do CD).

OUTONA

Quem também está mudando o foco é a banda Outona, que está de volta ao circuito depois de um hiato de dois anos. O grupo formado em João Pessoa em 2008 surgiu flertando com a sonoridade de bandas como NX Zero e Glória e agora investe em um som mais cru, rock ‘n’ roll e dançante.

“(No show de logo mais) daremos ênfase ao nosso novo disco, Permita-se”, comenta o vocalista Moisix Moraes. “Nesse novo trabalho, procuramos nos reinventar”. O álbum será lançado virtualmente neste final de semana pelo site do grupo, www.outona.com.br.

Essa reinvenção, afirma o vocalista, inclui bastante solos de guitarra, riffs e letras que tratam "da noite, de aprender com os erros e aproveitar cada segundo”, afirma. “Nas composições desse disco, busquei ao máximo encontrar um som mais sólido, mais ‘cru’ e baseado no rock and roll em si. Na parte das letras, fui muito influenciado por autores como Jack Kerouac, Mario Quintana e Paulo Leminski”, avisa.

A formação atual da Outona é Moisix Moraes (vocal), Edu Gonçalves (guitarra e vocal), Paulo Ramon (guitarra), Arthur Hernandez (baixo) e Og Ludwing (bateria).

ZÉ VIOLA

Com dois DVDs e um CD ao vivo na praça, o Zé Viola Progressive Band mostra seu rock progressivo regional com pitadas de acid jazz em repertório que contempla duas músicas novas, ‘Muído nosso de cada dia’ e ‘Blues de seu Mané’, que o vocalista André Nóbrega descreve como “blues com características nordestinas”.

Além das músicas novas, o repertório – pautado pelo trabalho autoral de André, Luan Bezerra (voz e contrabaixo) e Tom Melo (bateria) – ainda contempla uma versão para ‘Pagode russo’, clássico de Luiz Gonzaga (1912-1989).