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CULTURA

Irã lança história em quadrinhos eletrônica

Paraíso de Zahra foi escrito pelo iraniano Amir e desenhado pelo árabe Khalil. HQ teve estreia on line em fevereiro de 2010.

Publicado em 02/10/2011 às 6:30

Audaci Junior

Mesmo 'invisível' pela maioria das pessoas, o Irã vez por outra ocupa alguns minutos do noticiário televisivo. Atualmente o mote da vez é o enriquecimento de urânio e a temerosa possibilidade de uma produção de armas nucleares.

Em meados de 2009, foi notícia também uma grande repressão da Guarda Islâmica Revolucionária à oposição, supostamente derrotada nas urnas para a reeleição de Mahmoud Ahmadinejad. Muitos iranianos ocupavam as ruas da capital Teerã para exigir uma recontagem pela denúncia de fraude eleitoral. O resultado foi uma explosão de violência nas passeatas diárias dos protestos conhecidos como a Revolução Verde (devido à cor das bandeiras da oposição representada por Mir-Hossein Mousavi).

Este é o cenário para Paraíso de Zahra (Zahra's Paradise), uma história em quadrinhos eletrônica – também conhecida como webcomic – que foi traduzida para 12 idiomas, incluindo o português.

A HQ estreou online em fevereiro do ano passado e logo ganhou uma versão nacional no seu site oficial (www.zahrasparadise.com) com tradução de Cassius Medauar, sendo atualizada todas as terças e quintas.

Semana passada a editora Leya/Barba Negra informou que a obra ganhará forma física em 2012. Paraíso de Zahra (formato 16 x 23 cm, 272 páginas, R$ 44,90) é escrito pelo iraniano Amir e desenhado pelo árabe Khalil. Ambos não divulgam seus sobrenomes por receio de repreensões dos aiatolás, mesmo morando nos Estados Unidos.

Zahra é o nome da mãe que está à procura de seu filho, desaparecido depois das primeiras passeatas contra o resultado das eleições. 'Zahra's Paradise' é também o nome de um cemitério ao sul de Teerã, onde se encontram várias vítimas da República Islâmica. Entre elas, a estudante Neda Agha Soltan, conhecida no mundo inteiro quando foi fotografada e filmada no momento em que foi morta a tiros.

A iraniana de 27 anos serviu de inspiração para os autores do álbum, assim como Zahra Kazemi, uma fotógrafa canadense-iraniana, assassinada na prisão, em 2003.

“Paraíso de Zahra combina pessoas e eventos reais”, afirma o texto de apresentação da obra na internet. “Enquanto o mundo testemunha o que não mais pode ser ignorado em vídeos no YouTube, no Twitter e em blogs, surge essa história e ela precisa ser contada.”

Imagem

Jornal da Paraíba

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