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CULTURA

Isso é uma doidice

Escritor Ariano Suassuna completa 85 anos e passará o aniversário viajando e cumprindo agenda profissional.

Publicado em 16/06/2012 às 6:00


Ele tanto usou da ironia que, hoje, é a ironia quem abusa dele. No dia em que completa 85 anos, Ariano Suassuna, escritor cotado para buscar o primeiro Nobel de Literatura do Brasil na Suécia, vai comemorar seu aniversário fazendo uma das coisas que menos aprecia e que mais tem arriscado fazer: viajar.

Segundo Alexandre Nóbrega, porta-voz de Ariano, o escritor, que está em Alagoas a convite da TV Sesc, vai celebrar a data de nascimento trabalhando, percorrendo o estado em um roteiro que inclui a capital Maceió e várias cidades do interior.

"Ariano está participando de um projeto do Sesc que envolve a gravação de um documentário", conta Nóbrega, referindo-se à produção Ariano Conta o Nordeste, série documental com direção de Rosemberg Cariry (de Corisco & Dadá) e Wagner Campos (de Vicente Celestino, a Voz Orgulho do Brasil).

De acordo com Nóbrega, que acompanha Ariano nas gravações, há previsão de que algumas cidades da Paraíba também encampem as locações da série, que anteontem levou o paraibano a Palmeira dos Índios, à Casa Museu Graciliano Ramos, para falar às câmeras sobre o ex-prefeito da cidade e autor de Vidas Secas.

A caravana esteve no Ceará, em outubro do ano passado; em Sergipe, em abril, e na Bahia, no último mês. Ariano já gravou depoimentos sobre Antônio Conselheiro na cidade natal do líder social, em Quixeramobim (CE), e no Parque Nacional de Canudos (BA); e Sílvio Romero, em Lagarto (CE).

Durante as viagens, ficou sabendo da aprovação de sua indicação como candidato brasileiro ao Prêmio Nobel de Literatura de 2012. A indicação, feita pela Comissão de Relações Exteriores do Senado, foi proposta pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB) e é fruto de uma ideia surgida durante a visita de Ariano Suassuna a João Pessoa ano passado, na coletiva de imprensa do 7º Bancarte.

Transmitida na ocasião pelo coordenador do Casarão 34, Bira Delgado, a ideia foi rejeitada por Ariano, que declarou aos jornalistas que não se considerava "no perfil" de concorrer ao Nobel.

"Ele acha isso tudo uma doidice", confirmou Alexandre Nóbrega.

"Apesar de ficar muito honrado com a indicação, ele não se envolve muito nisso". Apesar da rechaça, as notícias em torno da candidatura ao Nobel têm sido reproduzidas no blog oficial de Ariano, assinado por Nóbrega.

Cunhado do mestre armorial, o artista plástico lançou, ano passado, na Academia Brasileira de Letras, o livro O Decifrador (Edição do autor, 212 páginas, R$ 150), com fotografias do escritor em aeroportos, no entrelugar de sua longa peregrinação Brasil afora.

A aguardada imagem de Ariano no Aeroporto de Arlandra, em Estocolmo, com seu terno branco reluzindo a medalhinha dourada do Nobel, por enquanto, fica somente restrita à imaginação de toda uma torcida pelo prêmio.

Imagem

Jornal da Paraíba

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