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CULTURA

Keith Richards lança novo disco solo e ganha documentário

Guitarrista dos Rolling Stones, Keith Richards, lança primeiro disco solo em 23 anos.

Publicado em 18/09/2015 às 6:00

A personificação viva (e bem ativa) do trinômio sexo, drogas e rock 'n' roll, Keith Richards está de volta aos holofotes com um novo disco solo - o primeiro em nada menos que 23 anos - e um documentário, que o Netflix disponibiliza a partir desta sexta-feira, quando Crosseyed Heart chega às lojas, físicas e digitais.

Aos 71 anos, o "imorrível" guitarrista dos Rolling Stones reúne a velha turma de Main Offender (o disco anterior, de 1992) para destilar as fortes influências americanas que o artista inglês incorporou em sua musicalidade: o rock ‘n’ roll de Chuck Berry (vale lembrar que foi Richards quem produziu o filme Hail! Hail! Rock 'n' Roll, sobre o ídolo), o blues de Robert Johnson e o country de Hank Williams.
Para gravar o repertório, o “homem-riff”, como já foi chamado o músico com talento sem igual para criar fraseados de guitarra inesquecíveis (vide ‘Satisfaction’), convocou o X-Pensive Winos, grupo que fundou no final dos anos 80, logo após seu colega Mick Jagger surpreender os integrantes dos Stones ao lançar seu primeiro trabalho solo, e acompanhou o guitarrista em suas duas primeiras investidas paralelas ao grupo.

“Eu realmente trabalho melhor em parceria - preciso de um feedback para ter certeza de que aquilo que eu estou fazendo é bom mesmo”, anotou Keith Richards em sua famosa autobiografia, Vida (2010), ao se referir ao baterista, co-autor, co-produtor e amigo de longa data Steve Jordan, o cabeça dos Winos.
Completam o time o guitarrista Waddy Wachtel, o tecladista Ivan Neville e o saxofonista Bobby Keys, que ainda deixou sua marca em duas faixas do Crosseyed Heart antes de morrer, em dezembro do ano passado: ‘Amnesia’ e ‘Blues in the morning’.

Convidados especiais, como a cantora Norah Jones, que faz dueto com o anfitrião em ‘Ilusion’, e Aaron Neville (pai de Ivan) em 'Nothing on me', coroaram as gravações.

MESMO SOM
Precedido pela divulgação de cinco, das 15 faixas do repertório, já dá para dizer que Crosseyed Heart traz o bom e velho Keith Richards que conhecemos, empregando riffs marotos em baladas soul, reggae e canções roqueiras de amor. Afinal, se Mick Jagger tenta se afastar da sonoridade dos Rolling Stones em seus trabalhos solos, Keith Richards não está nem aí.

“Do meu ponto de vista, qualquer uma das canções (do novo disco) poderia muito bem ser do repertório dos Stones - se os demais (integrantes) estivessem por perto quando eu entrei em estúdio. É tudo o que eu tinha no meu baú”, disparou Richards, em entrevista à revista inglesa Mojo, que avaliou com quatro, de cinco estrelas, o novo trabalho solo do velho ‘Pirata' do Caribe.
O repertório é quase todo autoral - no meio dele, há a regravação do reggae ‘Love is overdue’, do jamaicano Gregory Isaacs - e, vez ou outra, emplaca uma canção confessional, como a citada ‘Amnésia’ (uma das canções já divulgadas), sobre o medo que o guitarrista septuagenário tem de perder a memória.

RAIZES
"A vida é engraçada: ninguém quer ficar velho, nem morrer jovem”, comenta o guitarrista no trailer de Keith Richards: Under the Influence, documentário dirigido pelo premiado Morgan Neville, o mesmo de A Um Passo do Estrelato, vencedor do Oscar.

O filme, que estreia hoje no Netflix, persegue as influências do músico na América em meio à gravação do novo álbum. “Ouvia música folk norte-americana, jazz e blues. Johnny Cash e Muddy Waters. O rock & roll não se compara a esses caras”, manda o lendário guitarrista.

'Sticky Fingers' ganha edição dupla
o encontro dos stones com o country. Lançado em 1971, um dos melhores álbuns do Rolling Stones ganhou edição especial. 'Sticky Fingers' (Universal, R$ 44,90) foi reeditado com disco bônus, recheado com faixas ao vivo e sobras de estúdio. De quebra, a edição em CD do álbum que aproximou a música country do som dos Stones vem com um livreto de 26 páginas com muitas fotos, memorabílias e os créditos das músicas. O conceito do álbum, afinado após um longo papo entre Keith Richards e Gram Parsons (então nos Birds) descambou em algumas das grandes canções dos Stones. Hoje, o álbum soa como uma coletânea de hits: estão lá 'Sway','Can't you hear me knocking', 'Bitch', 'I got the blues' e a linda balada 'Wild horses' em meio a um repertório de 10 canções, todas memoráveis. 'Brown sugar' (que no disco bônus aparece com Eric Clapton nas guitarras) e 'Sister morphine' faziam alusão às drogas (pesadas) que os integrantes consumiam e chegaram a ser censuradas no Brasil - curiosamente, 'Sister morphine' (referência a heroína, usada em escala industrial pelo guitarrista à época) foi limada da contracapa do LP impresso no país, mas a faixa estava lá.

Gil e Moacir Santos em show dos Stones
Este ano, a Som Livre começou a distribuir no Brasil a série ‘From the Vault’. São shows que vazaram dos cofres do grupo para as gravações piratas, que agora ganham registro oficial com cópias remasterizadas, em CD (duplo, com registro integral), DVD e no combo CD+DVD (no exterior ainda é possível encontrá-los em vinil e blu-ray).

Já saíram por aqui os shows no L.A. Fórum (1975) e no Hampton Coliseum (1981) e a Som Livre se prepara para soltar, no mês que vem, o do The Marquee Club (1971).
O show de L.A. (abreviação de Los Angeles, famosa cidade americana) conta com dois convidados especiais, ambos brasileiros e igualmente não creditados: Gilberto Gil e o maestro Moacir Santos (1926-2006).

Gil tocando tamborim e Moacir, pratos, integram um trenzinho carnavalesco que anima o último número do show, ‘Sympathy for the devil’. É uma passagem rápida, quase imperceptível. A revelação foi feita pelo jornalista Sílvio Osias, em seu perfil no Facebook.

O show que sai no mês que vem foi gravado no Marquee Club, de Londres, no dia 26 de março de 1971 e captura os Stones a apenas algumas semanas do lançamento de Sticky Fingers. ‘I got the blues’, ‘Bitch’ e ‘Brown sugar’, que estariam no álbum, já são apresentadas nesse show.

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Jornal da Paraíba

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