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CULTURA

Madrinha do samba de volta às ruas

Beth Carvalho lança novo álbum com músicas inéditas, a sambista ainda faz uma homenagem a cantora e compositora Dona Ivone Lara.

Publicado em 29/12/2011 às 6:30


Muito antes de 'entrar na moda' a onda de oferecer voz no resgate aos grandes nomes da música popular brasileira, a cantora Beth Carvalho já batucava e colhia as rosas mudas de Cartola (1908-1980) e as folhas secas do Nelson Cavaquinho (1911-1986) nos idos da década de 1970.

A sambista não só resgata artistas como apadrinha, vide nomes como Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho, Jorge Aragão e o Fundo de Quintal. O samba não vive só de passado também: 15 anos depois de se dedicar a homenagens, DVDs ao vivo, discos com convidados e problemas de saúde, a cantora carioca lança o álbum com inéditas Nosso Samba Tá na Rua (EMI Music).

Em 2010 Beth Carvalho sofreu uma fissura no sacro, osso localizado na base da coluna vertebral, ficando meses de repouso. Neste período ela digitalizou todo seu acervo de propostas de músicas dos compositores que vem colecionando em todos seus anos de carreira, originalmente em fitas cassete.

“A seleção pro repertório para esse CD foi muito grande”, revela a cantora ao JORNAL DA PARAÍBA. “Eu ouvi mais de três mil músicas de compositores.”

Antenada na MPB, Beth fala que a primeira etapa no seu modus operandi para selecionar canções para um novo disco é gostar da melodia e só depois da letra. O critério que a cantora procura em um 'enredo musical' são temas pertinentes ao seu universo, como – no exemplo usado pela própria na entrevista – falar sobre os sambas clássicos, partido alto, a negritude ou a Mangueira, escola carnavalesca do coração da carioca da gema. "Tive a sorte de conseguir todos os temas que eu queria dentro de um disco só.”

Beth Carvalho não só se 'reencontra' com seu samba em melodias e letras. O álbum marca a reunião da sambista com o produtor musical Rildo Hora, que assinou a produção dos mais importantes discos da artista na década de 1970. Até o engenheiro de som, Luiz Carlos Reis, é o mesmo desde o primeiro disco. “O trabalho flui melhor”, avalia. “Foi um grande reencontro, com cada um com seu amadurecimento.”

No novo trabalho, as influências africanas presentes em 'Negro sim sinhô', o embalo sobre o fim do amor em 'Colabora', a romântica 'Tô feliz demais' e a raridade 'Palavras malditas', do Nelson Cavaquinho, o “melhor compositor do mundo”, segundo a cantora. A canção foi gravada anteriormente em um disco de 78 rotações por Ary Cordovil, no final dos anos 1950.

Entre os novos compositores estreando no Nosso Samba Tá na Rua, está a filha de Beth, Luana Carvalho, que assina junto com Dayse do Banjo o animado 'Arrasta a sandália'. “Ela me mandou a música por iPhone e vi que a composição estava à altura do disco”, explica. Convidando o afilhado Zeca Pagodinho, ele logo indagou: “Madrinha, não tem um partido alto, não?!” Aprovada pelo cantor, só depois da gravação que a sambista revelou a coautora da música.

A capa de Nosso Samba Tá na Rua foi feita no Cacique de Ramos, bloco cinquentenário criado no bairro de Olaria, Zona Norte do Rio de Janeiro. Beth está entre figuras tarimbadas do samba como o Fundo de Quintal, Arlindo Cruz, Zeca Pagodinho e alguns compositores que ela canta, inclusive a filha. A imagem é uma referência às capas de seus clássicos De Pé no Chão (1978) e Na Fonte (1981).

O CD é uma homenagem a Dona Ivone Lara, cantora e compositora carioca que completou 90 anos em abril deste ano.

“É uma deusa do samba”, exalta Beth Carvalho, que foi uma das intérpretes que mais gravou a artista, com nove músicas no seu repertório ao longo da carreira. “Ela é uma cantora que faz os 'la-ra-lás' mais bonitos da MPB”, elogia.

ANO NOVO SUSTENTÁVEL
Beth Carvalho é uma das principais atrações do tradicional Réveillon na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Além da queima de fogos piromusicados, evento terá nomes como O Rappa, Latino e o DJ francês David Guetta.

“É a terceira vez que faço”, lembra a sambista. “Vou apresentar para mais de 12 milhões de pessoas canções desse meu novo trabalho, marchinhas de carnaval e as músicas mais populares como 'Coisinha do pai'”, planeja.

Com produção da SRCOM, o tema da festa deste ano será a sustentabilidade, dando a largada para a Rio+20, conferência mundial das Nações Unidas que acontecerá na 'Cidade Maravilhosa'. Tais ações sustentáveis estarão presentes nas etapas de produção, desde a montagem até a desmontagem do evento.

"A sustentabilidade é um dos assuntos mais relevantes em todo o mundo, é importante que as pessoas percebam isso e façam a sua parte, por elas mesmas e pelas futuras gerações. O evento será produzido com pilares sustentáveis", destaca Antonio Pedro Figueira de Mello, secretário municipal de Turismo carioca e presidente da RioTur. “Por exemplo, todas as lonas usadas serão reaproveitadas e transformadas em estojos, produzidos pela ONG TemQuemQueira.”

"E para toda a população poder ajudar a termos um Réveillon mais sustentável, selecionamos várias dicas de como o público pode participar da festa de forma mais consciente", antecipa Antonio Pedro. "No site oficial do Réveillon (www.copacabanareveillon.com) citamos exemplos de atitudes simples e que podem fazer a diferença e gerar menos emissões de carbono, como a prática da carona solidária, o cuidado com o seu lixo e o uso de transportes não poluentes, como bicicletas."

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Jornal da Paraíba

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