CULTURA
Morre, aos 91, o recluso Marker
Cineasta francês Chris Marker, diretor de La Jetée e Sem Sol, morreu em Paris neste domingo (29) aos 91 anos.
Publicado em 01/08/2012 às 6:00
Morreu domingo, em Paris, ao completar 91 anos, o cineasta francês Chris Marker, diretor de La Jetée e Sem Sol, além de filmes em colaboração com nomes centrais do cinema francês, como Jean-Luc Godard, Alain Resnais e Agnès Varda.
Homem recluso, Marker, nascido Christian François Bouche-Villeneuve, não dava entrevistas e não se deixava fotografar. Ele expressava suas opiniões por meio da tira do gato Guillaume, que publicava em jornais franceses.
Marker venceu o Urso de Ouro de melhor documentário no Festival de Berlim em 1961 com o filme Description d'un Combat, um olhar sobre a vida em Israel no Estado então recém-criado.
Gilles Jacob, presidente do Festival de Cannes, tuitou que todos ficaram "órfãos' com a morte de Marker, um "espírito curioso, cineasta incansável, poeta amante dos gatos, videoartista, personagem secreto, talento imenso".
Embora tenha sido prolífico documentarista, Marker entrou para a história do cinema com seu curta La Jetée, de 1962, fotonovela em preto e branco que narra o início e o fim de uma terceira guerra mundial partindo dos traumas de um homem.
O enredo de La Jetée (o píer), ficção científica em que Marker elimina fotogramas desimportantes e foca em instantes privilegiados, foi ponto de partida para a distopia Os 12 Macacos, de Terry Gilliam.
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