CULTURA
Novo disco de Tom Zé tem referências à PB
Segundo Tom Zé, Jarbas Mariz tem responsabilidades cívicas pelo verso ‘coisa boa, João Pessoa.
Publicado em 16/09/2012 às 9:00
Tropicália Lixo Lógico tem ótimas faixas e boas parcerias. O rapper Emicida divide com Tom Zé os vocais da pungente faixa de abertura ‘Apocalipsom A’, assim como a doce e infantil vocalização de Mallu Magalhães adorna ‘Tropicalia jacta est’ e ‘O motobói e Maria Clara’.
Rodrigo Amarante evoca sua porção Little Joy para dividir com Tom Zé, em inglês, a faixa ‘NYC subway poetry department’. De Caruaru (PE), Tom Zé trouxe Washington Carlos, o único cantor não profissional da turma. Vendedor, ele empresta seu timbre à faixa-título, que retoma a teoria sobre o lixo lógico através de Chapeuzinho Vermelho.
Entre as faixas que não saem da cabeça estão ‘Amarração do amor’, ‘Não tenha ódio no verão’ e o xote ‘Capitais e tais’, na qual a Paraíba, em especial João Pessoa, são muito bem lembradas. “É claro que no (verso) ‘coisa boa, João Pessoa’ Jarbas (Mariz, paraibano, integrante da banda de Tom Zé) tem responsabilidades cívicas. Mas a inspiração foram essas coisas que a gente começa e não sabe como acabar, aonde vão dar”, confidencia.
E Tom Zé conclui: “As lembranças são quase uma repetição de querências infantis. Um ambiente de vida parecido, numa região como a minha, acabando de sair da Idade Média, nesse medievalismo que Euclides da Cunha encontrou em tudo aí pra cima no nosso mapa, em 1890. São praias bonitas, vento generoso; povo que, segundo o cientista Miguel Nicolélis, é o mais inteligente que ele já viu. Amigos que ficaram, amigos que estão lá. Alegria”.
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