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CULTURA

O 'Dia D' da Ditadura

Revelando partes ainda oscuras da história, documentário 'O Dia que Durou 21 Anos', esreia nesta sexta-feira (5) em João Pessoa.

Publicado em 05/04/2013 às 6:00


Anos 1960: os Estados Unidos estão em plena Guerra Fria com a então União Soviética. A tensão de apertar o botão de uma guerra nuclear entre as duas potências aumenta com a tensão da Crise dos Mísseis em Cuba. E se a ação militar que deu início à ditadura no Brasil contou com uma ativa participação da Casa Branca, temendo que o país se transformasse em uma ‘nova’ Cuba?

Os segredos que estavam escondidos em arquivos ‘Top Secret’ por quase 50 anos são mostrados no documentário O Dia que Durou 21 Anos, que entra em cartaz no CinEspaço de João Pessoa a partir desta sexta-feira, sempre às 18h.

Com gravações originais da época, o filme mostra como os presidentes John F. Kennedy (revelando o lado mais negro de ‘Camelot’ do democrata) e Lyndon Johnson se organizaram para tirar o presidente João Goulart do poder e apoiar o governo do marechal Humberto Castelo Branco.

Observando (e temendo) Jango através do prisma ‘comunista’ por sua defesa de reformas de base no Brasil, o governo norte-americano envia uma frota naval com um porta-aviões e navios torpedeiros em direção ao país.

“Durante todos esses anos de pesquisa, encontramos muita documentação e áudios inéditos, valiosamente esclarecedores”, aponta o diretor Camilo Tavares, em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA. “Um dos mais marcantes é o áudio de uma conversa telefônica entre o presidente Kennedy e o então embaixador norte-americano no Brasil Lincoln Gordon, gravada na Casa Branca no início de 1962, onde eles começam a articular o plano civil e militar para efetivação do Golpe Militar brasileiro que se concretizou em 1964”.

Com a confirmação do golpe, a operação de apoio logístico da Marinha dos Estados Unidos foi desativada quando a artilharia se encontrava no mar do Caribe.

Apesar de o documentário ter o mesmo nome da série televisiva que foi exibida no início de 2011, na TV Brasil, Tavares atenta que são produções diferentes. “O filme dos cinemas tem roteiro diferente, entram temas que não foram abordados na série de TV, além de ter outro tratamento estético”, revela.

O roteiro foi realizado a seis mãos e em família, entre o diretor e seu pai, Flávio Tavares – um dos 15 presos trocados pelo embaixador estadunidense Charles Elbrick em 1969 –, além da esposa de Camilo, Karla Ladeia, que também é produtora do longa.

“O primeiro grande obstáculo é você conseguir dinheiro através de patrocínio para a realização de um projeto desse porte”, coloca a produtora. “Por mais importante que um filme como este seja para o resgate da memória e da História do país, a grande maioria das empresas não estão interessadas em vincular o seu nome e disponibilizar parte da sua verba de patrocínio em um filme sobre os anos de chumbo que busca descobrir os segredos do Golpe Militar de 1964”.

PRODUTO DE GUERRA
Além dos raros materiais de arquivo, várias entrevistas realizadas pelo jornalista Flávio Tavares completam O Dia que Durou 21 Anos. Uma delas, o brasilianista (intelectual norte-americano especializado no Brasil) Thomas Skidmore define o embaixador Lincoln Gordon (morto em 2009) como “um produto da Guerra Fria”.

“Além de muito dinheiro, para realizar um filme como este é necessário também muito investimento pessoal, dedicação e compromisso”, afirma Karla Ladeia. “Só de pesquisa foram quase quatro anos nos Estados Unidos e Brasil”.

Em tempos de ameaças nucleares de Kim Jong-un e pedidos oficiais de desculpas do governo brasileiro devido à ditadura, Camilo Tavares diz que o objetivo do filme é ser visto pelos jovens, adultos e idosos. “Acho fundamental conhecermos a nossa História”.

Confira as outras estreias em JP

Mama (Mamá, Espanha, Canadá, 2013)

O cineasta mexicano Guillermo del Toro (O Labirinto do Fauno) é reconhecido por ‘dar uma forcinha’ aos amigos, vide produzir O Orfanato (2007), estreia em longas do conterrâneo Juan Antonio Bayona.
Desta vez, Del Toro apresenta o diretor espanhol Andres Muschietti produzindo Mama, terror que estreia nos cinemas da capital paraibana.
Após 5 anos, duas garotas (Isabelle Nélisse e Megan Charpentier) reaparecem depois de um trauma. Os tios (Nikolaj Coster-Waldau, da série televisiva Game of Thrones, e Jessica Chastain, indicada ao Oscar por A Hora Mais Escura) adotam as meninas e tentam dar uma vida tranquila às duas.
Conversando frequentemente com uma entidade invisível que chamam de ‘Mama’, os tios não sabem se acreditam nas garotas ou se devem culpá-las pelos estranhos acontecimentos que passam a ocorrer na casa.
No seu batismo na direção de longas-metragens, Muschietti baseou o filme em seu próprio curta homônimo de três minutos, que foi produzido em 2008 e fez muito sucesso nos festivais do gênero de horror.

Invasão à Casa Branca (Olympus Has Fallen, EUA, 2013)

Enquanto os Estados Unidos encarnam o ‘vilão’ do documentário O Dia que Durou 21 Anos, na ficção o país vira vítima com a estreia do filme de ação Invasão à Casa Branca.
No filme, o presidente norte-americano (Aaron Eckhart, o Duas-Caras de O Cavaleiro das Trevas) é feito refém após um ataque terrorista à sede do governo e, para se salvar, ele tem de confiar em um ex-agente do serviço secreto (Gerard Butler, de 300), jogado ao trabalho burocrático de sua agência depois de causar um acidente fatal.
Dirigido por Antoine Fuqua (Dia de Treinamento, filme que rendeu a Denzel Washington o Oscar de Melhor Ator), o elenco ainda conta com Morgan Freeman (como porta-voz da Casa Branca que se torna presidente interino), Robert Forster (Os Descendentes), Angela Bassett (Tina) e Melissa Leo (O Vencedor).
Quando se envolveu com o projeto, Fuqua descartou de imediato que os terroristas viessem de algum país do Oriente Médio, por considerar a ideia saturada. Com a máxima ‘a vida imita a arte’, a opção recaiu para a Coreia do Norte por ser um país fechado ao resto do mundo.

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Jornal da Paraíba

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