CULTURA
O teatro cai no mundo
Apesar da reforma nos principais palcos do Estado, Dia Mundial do Teatro terá programação especial lembrando a data.
Publicado em 27/03/2014 às 6:00 | Atualizado em 16/01/2024 às 15:06
Se dependesse da conclusão das reformas nos principais palcos da Paraíba, seria um Dia Mundial do Teatro... sem teatro.
Mas a própria Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) achou novas casas para abrigar uma programação em homenagem à data, que não passa em branco em vários pontos do Estado.
Em Campina Grande, foi o Teatro Municipal Severino Cabral, cujas cortinas vão se abrir para a montagem da antológica A Gaivota (Alguns Rascunhos) e da recente A Pá. As atividades gratuitas do Circuito Piollin em Campina começam hoje, às 9h, com a oficina sobre o processo de criação dos dois espetáculos. As apresentações serão, respectivamente, hoje e amanhã, às 20h.
Outra instituição engajada na programação do Dia Mundial de Teatro em Campina Grande é o Instituto de Arte, Cultura e Cidadania Solidarium, que leva para a Casa Memorial Severino Cabral (na avenida Getúlio Vargas) o monólogo Meu Enterro, de Júlio César Rolim, às 20h. A entrada é gratuita.
Segundo Júlio, que adaptou o texto de um conto de sua autoria, o espetáculo solo estreou em 2008, originalmente como uma esquete teatral que concorreu ao festival Overdoze (onde o jovem conquistou o prêmio de melhor ator). O formato foi sendo ampliado até chegar na configuração atual, na qual o intérprete procura quebrar um tabu em torno do tema da morte.
"É um tema que sempre chamou minha atenção", confessa Júlio, que considera a peça uma comédia dramática. "Eu não classifico somente como comédia, embora seja também engraçado. Quando escrevi o conto, o objetivo não era fazer rir, mas falar do assunto com uma certa leveza." Em sua trajetória, Meu Enterro já foi apresentado no Fórum Mundial de Teatro, em Brasília (DF), na Mostra Estadual de Teatro e Dança, em João Pessoa, e no circuito Caminhos do Frio, pelo interior da Paraíba.
O Grupo de Teatro Bodega, que participou ontem na programação comemorativa da Casa Memorial Severino Cabral, volta hoje para a agenda do Centro Cultural Lourdes Ramalho. As meninas do Bodega, as atrizes Suellen Maria e Joana Marques, encenam Músicas para os Ouvidos e Alma no Teatro Rosil Cavalcanti, a partir das 15h.
Mais tarde, às 19h, é a vez das meninas da Cia. Oxente homenagearem a dama do teatro nordestino com As Mulheres de Lourdes. Dirigidas por José Maciel, Mônica Macedo, Palmira Palhano e Margarida Santos interpretam as diversas personagens presentes na obra da autora de Anáguas (que marcou o retorno do trio ao palco em 2012).
O evento será encerrado pela banda do Centro Cultural Lourdes Ramalho às 20h. A entrada é gratuita.
FUNESC SE INTERIORIZA
Além de Campina Grande, que recebe A Gaivota, outras cidades do interior da Paraíba compõem a grade concebida pela Fundação Espaço Cultural da Paraíba (Funesc) para o Dia Mundial do Teatro: Cabedelo, Cuité, Guarabira, Monteiro, Pombal, Santa Luzia, Bayeux e em Frei Martinho (único local onde a programação será amanhã).
O esquema é convidar os grupos para trocar de sedes: João Pessoa, por exemplo, que manda o Piollin para Campina Grande, terá a visita da família mambembe Los Iranzi, que estacionam com seu Caminhão de Palhaços no Ponto de Cem Réis, às 17h.
De João Pessoa também partem a Trupe Alequin e o Coletivo Alfenim, que vão respectivamente para Monteiro e para Guarabira. No Cariri, Abismo visita o Teatro Municipal Jansem Filho, às 20h. No Agreste, Quebra-Quilos visita o Teatro Municipal Geraldo Alverga, também às 20h.
A íntegra do calendário está disponível no site oficial da Funesc (www.funesc.pb.gov.br/cultura/). O encerramento será amanhã em Frei Martinho , onde a Cia. Áurea Dantas, de Cuité, mostra o seu trabalho Mateus Criado de dois Sinhô na Quadra de Esportes Niton Pereira da Silva, às 17h.
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