CULTURA
Pelejando por Gonzagão
Acervo do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga está sendo disputado por universidades paraibanas e por projeto do Estado de Pernambuco.
Publicado em 23/01/2013 às 6:00
Desativado desde o início do ano, o Museu Fonográfico Luiz Gonzaga, em Campina Grande, chamou a atenção de instituições culturais da Paraíba e de Pernambuco, estado de origem do Rei do Baião.
O acervo, que guarda uma das mais importantes coleções sobre a vida e obra de Gonzagão, está motivando uma disputa protagonizada por universidades paraibanas e pelo Centro Cultural Cais do Sertão Luiz Gonzaga, projeto que está sendo concluído no Recife (PE) pelo governo federal e pelo governo do estado de Pernambuco.
Segundo José Nobre de Medeiros, fundador do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga, o interesse das instituições foi manifesto em conversas mantidas com representantes da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) e do Centro Cultural Cais do Sertão, que teve sua primeira etapa inaugurada na capital pernambucana em dezembro de 2012.
PREFERÊNCIA
"Eu farei o possível para que este acervo permaneça em Campina Grande", garante José Nobre. "Tenho uma interação muito boa com as escolas daqui, respeito bastante o público da cidade e prefiro que a coleção não saia dela", diz o mantenedor do museu, que não descarta a possibilidade de que ele migre para fora do Estado.
"No próximo mês eu viajo ao Recife para conversar a respeito do assunto com as instituições de lá", antecipa o pesquisador, que informou que está em diálogo constante com Rangel Jr., -reitor da UEPB, e com Carlos Alan Peres, coordenador do curso de Arte e Mídia da UFCG, prováveis destinos do acervo.
A reportagem tentou entrar em contato com Rangel Jr. e Carlos Alan Peres por telefone e por e-mail mas, até o fechamento desta edição, não conseguiu localizá-los.
Procurada também pela reportagem, a curadora do Centro Cultural Cais do Sertão, a documentarista Isa Grispum Ferraz (diretora de Marighela), negou que as negociações em torno do acervo do Museu Fonográfico Luiz Gonzaga tenham sido iniciadas, mas manifestou grande interesse quanto à sua aquisição.
"Não conheço ainda o museu, mas a coleção me parece bastante interessante e há, sim, a possibilidade de adquirirmos", afirmou Isa Grispum Ferraz, que reside em São Paulo mas tem uma viagem progrmada para o Recife no final de janeiro e quer estendê-la para Campina Grande. "Como curadora, quero conhecer o acervo e institucionalizar esta questão", determina.
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