CULTURA
Pós-brigas judiciais
Ausência de Cecília Meireles se deve a uma disputa judicial de 12 anos envolvendo filhas e netos da poeta.
Publicado em 23/10/2012 às 6:00
A obra de Cecília Meireles (1901-1964) estava sem reedições desde 2009, quando teve fim o contrato entre a Nova Fronteira e a agência literária Solombra, de Alexandre Teixeira, neto da autora, que ainda representa Manuel Bandeira e Orígenes Lessa.
A ausência de Cecília se deve a uma disputa judicial de 12 anos envolvendo as filhas da poeta, Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda.
Maria Fernanda questionava as prestações de contas da agência, o que levou Maria Mathilde, mãe de Alexandre, a passar o controle de sua parte para Ricardo Strang, filho de Maria Elvira.
Com a morte de Elvira, sete anos depois, Strang passou a administrar dois terços dos direitos sobre a obra. Strang, mais tarde, entrou em acordo com o primo e, em dezembro de 2011, a Global foi a editora escolhida para relançar os livros da autora.
Dias após o anúncio, duas netas de Cecília Fátima e Fernanda Dias contestaram a validade do contrato fechado por Alexandre.
O advogado delas, porém, diz que por ora não há risco de as obras serem retiradas do mercado.
O pacote prevê a publicação de títulos de Bandeira, Lessa e Cecília, incluindo manuscritos inéditos da poeta.
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