CULTURA
Jovens de projeto social de Santa Rita apresentam espetáculo para o Papa Francisco
Jovens fazem encenação em peça que aborda a história dos povos originários, quilombolas e ribeirinhos da região. Projeto social terá turnê na Europa.
Publicado em 25/04/2023 às 10:26
Cerca de 20 jovens e adolescentes integrantes de um projeto social do Centro de Formação Educativo Comunitário (CEFEC), no bairro Marcos Moura, em Santa Rita, na Grande João Pessoa, estão com malas prontas para viajar em turnê de apresentação artística sobre os povos originários. No roteiro de viagem do grupo do projeto social está até uma apresentação para o Papa Francisco, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
O espetáculo chamado “O Espaço da Vida na Terra” retrata a situação dos povos originários, quilombolas e ribeirinhas da região, e de acordo com Rodrigo Baima, diretor e coreógrafo do projeto, o espetáculo é um fortalecimento cultural.
“É um resgate, um fortalecimento dos povos originários, povos esses que lutam todos os dias, constantemente, para defenderem o seu lar, a sua terra, a sua cultura, a sua originalidade”, disse o diretor.
Os jovens que participam do espetáculo fazem parte do projeto no Cefec e estão ensaiando para a peça há cerca de um ano. O espetáculo tem 1h15 de duração e a partir de maio a encenação será feita fora da Paraíba.
No mês de maio, os jovens do projeto social se apresentam em São Paulo. Logo após viajam para a Europa, onde fazem uma primeira parada na Itália, depois se apresentam no Festival de Cannes, na França, e encerram a turnê pela Europa numa apresentação para o Papa Francisco, na Praça São Pedro, no Vaticano.
Os jovens da comunidade do bairro Marcos Moura veem no projeto uma possibilidade de se afastar da criminalidade que é presente no bairro. Um dos participantes do projeto, Eugeneton Gomes, relata que muitos colegas se entregaram à criminalidade e ele viu no projeto um refúgio para não se envolver com o mundo do crime.
“Eu tô achando muito legal, muito radical [participar do projeto]. É uma parada surreal para mim e para os meus colegas, porque a gente é de uma periferia. No meu ponto de vista, a arte me salvou”, disse o jovem ator.
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