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CULTURA

Tirando o samba do quintal

Em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA sambista carioca Zeca Pagodinho  fala sobre novo CD e DVD 'Zeca Pagodinho 30 anos - Vida que Segue'.

Publicado em 30/04/2013 às 6:00 | Atualizado em 13/04/2023 às 14:59


Zeca Pagodinho se encontra no ‘fogo cruzado’ de cordas disparadas pelo violão de Yamandú Costa e pelo bandolim de Hamilton de Holanda na abertura do recém-lançado DVD e CD Multishow ao vivo: Zeca Pagodinho 30 anos - Vida que Segue.

Na levada do ‘Gosto que me enrosco’, de Sinhô, o sambista se debruça em clássicos de nomes consagrados do samba como Elton Medeiros e Cartola (‘O sol nascerá’ e ‘A sorrir’), Zé Keti e H. Rocha (‘Diz que fui por aí’), Geraldo Pereira (‘Escurinha’, com Arnaldo Passos, e ‘Escurinho’), Adoniran Barbosa (‘Trem das onze’), Luiz Antônio (‘Lata d’água’) e a dupla Ataulfo Alves e Mário Lago (‘Atire a primeira pedra’), entre outros.

“Escolher o repertório foi fácil”, conta o carioca da gema ao JORNAL DA PARAÍBA. “Eu tenho um time muito forte e que sabe segurar a viola. É uma festa que dura quatro meses preparando o trabalho, regados a música, comida, bebida e muita responsabilidade”.

Sob a batuta do maestro e produtor Rildo Hora, que se reserva também como solista de seu realejo, e a produção musical de Max Pierre, Zeca Pagodinho recebe convidados especiais para comemorar três décadas de carreira, começando pela ‘musa da MPB’ Marisa Monte, que repete seu desempenho vocal de ‘Preciso me encontrar’, de Candeia (com citação da ‘Melodia sentimental’, de Villa-Lobos).

Somando com Yamandú, Holanda e Marisa Monte, as duas apresentações gravadas no Rio de Janeiro que resultaram no DVD e CD contam ainda com as participações de Paulinho da Viola junto com a Velha Guarda da Portela nos ‘lara-rás’ da ‘Foi um rio que passou em minha vida’ (do próprio Paulinho), o representante da nova geração do samba, Leandro Sapucahy (‘Batuque na cozinha’, de João da Baiana), e Roberto Menescal (‘Opinião’, de Zé Keti), que brinca nos bastidores: "Eu acho que detesto a bossa nova. Agora só quero saber de samba".

Em várias faixas também contam com as presenças do dedilhar do violão de 7 cordas de Rogério Caetano e da guitarra e do violão tenor de Zé Menezes. “O melhor músico do Brasil e, quem sabe, do mundo todo! Zé Menezes, aquela entidade!”, elogia.

Fora do palco que remete elementos arquitetônicos dos bairros cariocas da Lapa e Gamboa, o cantor se une a ‘rainha dos baixinhos’ Xuxa e ao coro dos alunos da escola de música do instituto que leva seu nome em Xerém para apresentar o clipe da inédita ‘É vida que segue (Por que não?)’, de Serginho Meriti, Rodrigo Leite e Cocão.

‘COM QUE ROUPA?’
Como registrado no ‘making of’ da produção no bônus do DVD (que mostra a festa da produção e depoimentos de músicos e familiares de Zeca, como seus pais, Dona Irinéia e Seu Jessé Gomes da Silva), o projeto, comemorando os 30 anos de carreira do sambista, não precisou de novas roupagens ou novidades tecnológicas.

“Eu já escutei gravações do Cartola de colegas que acabam tirando a força da música com isso”, comenta Zeca Pagodinho. “Cartola tem que se gravar mantendo sempre a sua batucada, a base”.

De acordo com o artista, a ideia de celebração da sua trajetória foi baseada nas canções que serviram de trilha sonora da sua vida, sobretudo na infância, quando os sambas eram cantados dentro de casa com a família, onde o moleque participava de serestas e saraus com os tios. “A minha mãe sempre foi a mais festeira”.

O projeto também evidencia exaltar a tradição e força do gênero, reivindicando o respeito das raízes e mostrando que o status do samba pode andar com elegância e alinhado. “Por que colocar o samba no fundo do quintal?!”, desabafa Zeca. “Ele tem é que andar arrumado, e não de chinelo! Tem que ser elegante e bonito! O Samba merece o seu lugar, porque é a verdadeira música popular brasileira”.

Sobre a Paraíba, Zeca Pagodinho toma a iniciativa e pede para dar um aviso aos empresários: “Eu tenho que fazer show aí! Quero visitar meus amigos da barraca do Pau Mole! Adoro João Pessoa, Campina Grande, Mata Redonda... A última vez que estive na Paraíba foi de férias com minhas crianças, mas eu quero ‘bagunçar’ por aí”.

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Jornal da Paraíba

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