CULTURA
Um encontro de estações no Ponto de Cem Réis
Luiz Melodia é uma das atrações do projeto Estação do Som que começa nesta sexta-feira (6) a partir das 19h no Ponto de Cem Réis.
Publicado em 06/01/2012 às 6:30
Em pleno verão, o clima de João Pessoa ganha hoje mais duas estações: a do Som e a da Melodia. Uma abre a outra na noite desta sexta-feira, a partir das 19h, no Ponto de Cem Réis.
É que o nome da turnê da estrela da noite ('Estação Melodia', do 'Pérola Negra' Luiz Melodia), tem quase o mesmo nome do projeto da Funjope ('Estação do Som'), que começa hoje e, até o fim do mês, desdobra-se entre o Ponto de Cem Réis e a Praia de Tambaú, às sextas e sábados, em apresentações gratuitas.
A cantora paraibana Rinah passa o microfone para Luiz Melodia às 21h. O cantor traz ao público um repertório que consagrou seus últimos CD e DVD, lançados em 2007 e em 2008, respectivamente, pela Biscoito Fino.
Nos trabalhos, uma retrospectiva da Época de Ouro do Samba (entre os anos de 1930 a 1950), quando os botecos do Rio de Janeiro abriam suas portas para boêmios como Cartola (1908-1980).
O 'Poeta da Mangueira' está presente no cancioneiro com 'Tive sim', que já ganhou interpretações famosas nas vozes de Beth Carvalho, Ney Matogroso, Dona Ivone Lara e Zeca Pagodinho.
Outra composição antológica entoada pela voz de ébano de Melodia é 'O neguinho e a senhorita', parceria de Abelardo Silva com Noel Rosa de Oliveira (1920-1988).
O Noel em questão não é o 'Poeta da Vila', mas o sambista que fez fama em gravações de artistas como Noite Ilustrada (que está com sua discografia disponível para compra no iTunes) e Elza Soares (que lançou 'O neguinho e a senhorita em compacto de 1965).
ATRAÇÃO DE ABERTURA
Aos 26 anos, Rinah começa a despontar na cena musical de João Pessoa com um vozeirão. Egressa da banda de reggae Lírios do Gueto e do grupo de samba Só Coisa Fina, a cantora faz, do palco do Estação Nordeste, o marco inicial de sua carreira solo com o show ‘A Solta’.
O repertório é composto por novos autores paulistas, com quem a cantora diz se identificar, e com dois talentosos “Chicos” paraibanos: Chico Limeira e Chico César, além de clássicos de Moacir Santos, Vinícius de Moraes e Baden Powell. “Meu objetivo é amadurecer esse repertório, que é predominantemente autoral e cantar bastante”, comenta.
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