Uma sala à altura

Um dos expoentes regionais nas áreas da pesquisa e prática orquestral, a Paraíba ganha, enfim, uma sala de concertos à altura de sua reputação: a Sala de Concertos 'Radegundis Feitosa', que a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) inaugura hoje, às 17h, em João Pessoa, é a primeira do Estado totalmente projetada para a apresentação e acomodação de uma orquestra.

O maestro Eli-Eri Moura, vice-diretor do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA) da UFPB, guiou a reportagem pela sala de concertos, um espaço com capacidade para 300 espectadores, palco especialmente desenhado para comportar orquestra e coro, fosso orquestral, cabines de tradução e gravação, além de tratamento acústico em fase de acabamento.

"Tínhamos a opção de construir uma sala com uma capacidade maior e um palco menor, mas optamos pelo contrário, tendo em vista um outro auditório que a UFPB está construindo, com capacidade para 1.200 pessoas", afirma Eli-Eri, que ressalta alguns atributos inéditos como um fosso onde cabe toda a formação de uma orquestra.

"Apenas dois espaços na Paraíba dispõem deste fosso, indispensável para a realização de óperas e balés: o Teatro Santa Roza, que tem um fosso minúsculo, no qual praticamente só cabe uma formação de câmara, e o Teatro Paulo Pontes, cujo fosso está lacrado em virtude de um equipamento".

A sala de concertos que homenageia o trombonista Radegundis Feitosa, morto em 2010, será a casa da Orquestra Sinfônica da UFPB (Osufpb), que está em fase de formação com a abertura de concurso para o seu regente titular.

Segundo Eli-Eri Moura, a Osufpb será um dos braços do Laboratório de Música Sinfônica (Lamusi), que irá gerir tanto a orquestra quanto a sala de concertos, que também poderá ser utilizada pela comunidade em geral.

Participarão da Osufpb mais de 60 membros, entre músicos contratados pela UFPB, alunos do Bacharelado e da Licenciatura em Música que estiverem cursando a disciplina de 'Prática Orquestral', ex-alunos e professores.

Na inauguração do espaço, hoje, haverá um solenidade com a presença do reitor da UFPB, Rômulo Polari, e a apresentação de um grande grupo de metais (formado pelos conjuntos Brassil, Paraibones, PB Brass e Quarteto de Trombones) e outros grupos, coros e solistas da instituição.