CULTURA
Viva o Rei do Baião
Depois de um mês de arrasta-pé e 4 eliminatórias depois, grande final do Forró Fest acontece neste sábado (02) no Parque do Povo.
Publicado em 02/06/2012 às 6:00
Neste sábado é dia de decisão: quem ocupará as primeiras posições de melhor música da 24ª edição do maior festival de música nordestina, o Forró Fest?
Às portas dos festejos juninos, o 'arraial' do evento acontecerá a partir das 22h, no Parque do Povo, em Campina Grande, na abertura do 'Maior São João do Mundo'.
Como uma grande prévia do São João, foram quatro eliminatórias do festival que começou no litoral paraibano, no Conde, passando pelos municípios brejeiros de Guarabira, Alagoa Grande (novidade no circuito do evento), aportando na semana passada em Sousa, Alto Sertão paraibano. Em cada cidade que a 'caravana' passou, três músicas eram selecionadas até as 12 desta finalíssima (confira os classificados ao lado).
Os três primeiros colocados da grande final, além de ganharem o tradicional troféu Forró Fest, sairão motorizados sob duas rodas com uma moto Honda XRE 300 (1º lugar), uma Honda CB 300 (2º lugar) e uma Honda Bros 150 ESD (3º lugar). A melhor interpretação do festival também ganhará um troféu e um prêmio em dinheiro no montante de R$ 3 mil.
Depois das 12 apresentações, o público vai esperar o resultado com o arrasta-pé eletrônico das bandas Forró 3 Desejos e o Forró da Xêta.
A atração principal da última noite do 24º Forró Fest será o cantor e compositor cearense Waldonys, que receberá o troféu Asa Branca, concedido anualmente a um artista que contribuiu para o desenvolvimento da cultura nordestina.
ATREVIDO
Não é à toa que a maioria das músicas deste ano tem como tema Luiz Gonzaga (1912-1989). Homenageado nesta edição do Forró Fest pelo centenário de seu nascimento, o 'Rei do baião' sempre foi lembrado pelo evento no batismo do troféu Asa Branca – nome da música que é considerada o 'hino' do Nordeste, imortalizado na voz do 'Velho Lua' (que compôs em 1947 com o parceiro Humberto Teixeira).
Músicos consagrados já reservaram para o reconhecimento um espaço na sua estante: Benedito do Rojão, Zabé da Loca, Pinto do Acordeon, Manuelzinho Silva, Dejinha de Monteiro, Amazan, Pinto de Monteiro, Capilé, entre outros.
Também não é coincidência o primeiro disco de Waldonys se chamar Viva Gonzagão (1992). O acordeonista aprendeu a tocar o instrumento com o próprio mestre pernambucano. “Esse Waldonys é muito atrevido! Quinze anos de idade e já tocando desse jeito!”, exclamava Seu Luiz no solo da música “Fruta madura” (do LP Aí Tem, 1988), quando o menino cearense puxava o fole nos estúdios.
"Fico muito honrado em receber esse troféu", comenta o músico.
"Ainda mais no ano do centenário de Gonzaga, um verdadeiro 'gol de placa'."
Para Waldonys, conviver com o mestre foi um aprendizado sem precendentes.
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