Pelo menos 26% dos pequenos negócios na Paraíba fecham após cinco anos

Levantamento divulgado nesta quinta-feira (17) tem como base dados da Receita Federal no estado.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Uma pesquisa do Sebrae constatou que 26% dos pequenos negócios no estado fecham as portas após cinco anos de funcionamento. O levantamento tem como base os dados da Receita Federal, e foi divulgado nesta quinta-feira (17).

O Sebrae verificou a taxa de mortalidade dos pequenos negócios, analisando, no final de 2020, dados de empresas criadas entre os anos de 2015 e 2019. A partir das datas da criação e baixa dos CNPJs no período, a pesquisa verificou que após cinco anos completos é o que registra a maior taxa de mortalidade no estado.

Conforme os números, após esses 26% de pequenos negócios que fecham as portas depois de cinco anos, a maior taxa de mortalidade de empresas no estado, 24%, é daquelas que possuem quatro anos de funcionamento. Já entre as empresas que possuem três anos de funcionamento, a taxa de mortalidade verificada no estado é de 21%. Em seguida, aparecem as empresas com dois e um ano de funcionamento, cuja taxa de mortalidade é, respectivamente, de 17% e de 11%.

“O período de cinco anos se torna o limite suportável para a maior parte das empresas às condições adversas do mercado. Além disso, a falta de experiência, capacitação técnica e de uma visão mais completa de mercado acabam se tornando os fatores mais comuns para o fechamento do negócio”, explicou a gerente da Unidade de Gestão Estratégica e Monitoramento do Sebrae Paraíba, Ivani Costa.

Em contrapartida, os dados também mostram que 69% dos empreendedores de pequenos negócios entrevistados possuíam alguma experiência ou conhecimento anterior sobre o segmento em que atuam, enquanto 31% não tinham base de informação.

Após a abertura do negócio, pelo menos um dos sócios da empresa já havia feito algum curso para melhorar o nível de conhecimento sobre a administração de um negócio, 57% responderam que não, frente a 43% que afirmaram ter tido alguma capacitação.

“O Sebrae sempre recomenda um planejamento mínimo, com busca de informações sobre o ramo de atividade em que irá empreender. Além disso, saber informações do perfil de cada cliente, dos fornecedores e concorrentes é essencial para um início mais estável. Por fim, também é importante lembrar que a capacitação empreendedora é fundamental para aumentar as chances de sucesso no negócio”, concluiu Ivani Costa.