ECONOMIA
Alertas e dicas para Black Friday
Saldão de vendas no comércio eletrônico deve ofertar mais de 6 mil itens com superdescontos nos mais variados segmentos.
Publicado em 27/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 04/05/2023 às 12:25
Acontece na próxima sexta-feira a quarta edição do Black Friday Brasil, saldão de vendas no comércio eletrônico, que segue o modelo norte-americano, deve ofertar mais de 6 mil itens com superdescontos nos mais variados segmentos, como eletrônicos, vestuário e até estadias em hotéis e passagens aéreas. Apesar da promessa, o consumidor deve ficar atento às possíveis armadilhas do mercado, evitando entrar na estatística das mais de 8 mil reclamações recebidas pelo site Reclame Aqui na edição do ano passado.
Uma das principais dicas é analisar e sondar os preços dos itens desejados e com intenção de compra antes de sexta-feira para conferir depois se as ofertas são reais ou não nas lojas participantes. No ano passado, as recorrentes reclamações da última edição apontavam para as ofertas 'maquiadas': o aumento dos preços nos dias que antecedem a Black Friday para no dia do evento uma baixa abrupta simular o prometido desconto.
Segundo o secretário-executivo do Procon Estadual, Marcos Santos, esse tipo de problema ainda é comum de ser encontrado. Ele orienta que o consumidor deve ficar atento antes de finalizar as compras. “Há uma preocupação com essas vendas promocionais, porque muitas são divulgadas com informações imprecisas e irreais. Quando você faz a compra percebe que não havia nenhuma promoção e que o produto não era o que se imaginava. Então é necessário que o consumidor preste bastante atenção antes de comprar somente porque é anunciado como preço promocional”, disse.
Marcos Santos apontou algumas medidas básicas que devem ser tomadas nas compras da Black Friday. “O consumidor tem de guardar todos os boletos de compras, fazer cópias dos anúncios para ter algo que prove a promoção. Ele também deve fazer uma pesquisa de mercado, saber se determinado produto realmente está com desconto, buscando também as experiências de outros clientes com aquela empresa, se ela possui alguma reclamação no Procon”.
Outra dica apontada pelo representante do Procon é prestar atenção ao certificado digital da empresa, que garante a segurança dos dados trocados durante as transações. É indicado também que o consumidor note a obediência ao Código de Defesa do Consumidor, ou seja, a presença de um Serviço de Atendimento ao Cliente (Sac), número de CNPJ e endereço da loja física.
Após a enxurrada de denúncias de falsos descontos na Black Friday do ano passado, que levou à autuação de sete empresas pelo Procon-SP, o grupo de lojas virtuais associadas ao site Busca Descontos promete uma Black Friday mais transparente no dia 29.
Para este ano, a organização do Black Friday no Brasil prevê a participação de aproximadamente 120 empresas, dentro delas o Magazine Luiza, Americanas.com, Tam, Walmart. Hering, Mercado Livre, entre outras listadas na página oficial do evento. O idealizador da Black Friday Brasil, Pedro Eugênio Toledo, disse que este ano a organização adotou medidas efetivas para evitar as reclamações.
“Se compararmos o volume de reclamações com o número de pedidos, vamos ver que não foram tantas reclamações como se pensa. Mesmo assim, este ano fizemos parcerias com várias empresas de tecnologia, para evitar os problemas. O consumidor vai ter um espaço para postar no hotsite do evento suas reclamações, que serão acompanhadas por uma equipe específica que deve ajudar a resolver os problemas”, disse Pedro Eugênio Toledo.
PPROCON LISTA 325 SITES IMPRÓPRIOS
Como a maior parte das empresas participantes da Black Friday no Brasil são do comércio eletrônico, o consumidor deve ficar atento àquelas apontadas como impróprias ao consumo, de acordo com a 'lista negra' do Procon de São Paulo. No total são 325 páginas alvo de reclamações no órgão, que foram notificadas e não responderam o contato do órgão. CLIQUE AQUI E VEJA LISTA DE SITES NÃO RECOMENDADOS
Na opinião do secretário-executivo do Procon Estadual, Marcos Santos, ficar atento às empresas irregulares é essencial para evitar futuras dores de cabeça com as compras online, que costumam ter resolutividade mais demorada.
“Os problemas no comércio online ainda são mais difíceis de serem resolvidos que os tradicionais, mesmo já existindo uma série de determinações no Código de Defesa do Consumidor. Por isso indicamos sempre que o consumidor fique atento e busque mais informações das empresas junto ao Procon”, disse.
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