ECONOMIA
Banda larga é serviço caro e lento no Brasil
Apesar dos preços atrativos, acesso a internet é caro Brasil em comparação com outros países.
Publicado em 25/09/2011 às 8:11
Preços mais acessíveis, planos compartilhados entre internet, TV por assinatura e telefonia fixa e alta velocidade na conexão. Todas essas vantagens têm feito os consumidores procurarem por serviços de internet banda larga. Dados da Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil) revelam que mais de 2,2 milhões de novas conexões à internet somente em agosto e o país já totaliza 47,8 milhões de acessos a banda larga.
Mesmo assim, os preços que os paraibanos pagam pelo acesso a internet ainda é caro em comparação a outros países do mundo: média de R$ 53. De acordo com o relatório encomendado pela União Europeia, de 2010, o preço médio da internet com 1MB de velocidade custa US$ 26,15. Alguns países cobram ainda mais barato. Os finlandeses pagam em média 10,94 euros, enquanto os franceses pagam US$ 22,62 por mês. O custo médio no Brasil é de R$ 70,85 mensais, uma diferença de 213% sobre o valor pago na França.
Fora da Europa, os preços também são baixos. No Japão a média para a mesma velocidade é de US$ 11,85 e nos Estados Unidos, a média nos estados de Nova York, Colorado e Califórnia é de US$ 20,77. Um detalhe: em vários países do mundo, como Coreia do Sul, Alemanha e Inglaterra, essa velocidade de internet não é mais oferecida aos usuários doméstico, sendo que países como a Suécia as velocidades podem ser cem vezes maior: 1Gb.
De acordo com o engenheiro elétrico e diretor do centro do IFPB em João Pessoa, Joabson Nogueira, a qualidade da internet na Paraíba deixa muito a desejar. “A qualidade da nossa banda larga, como em todo o Brasil, é péssima. A cobertura de internet móvel não garante uma conexão adequada quando nos afastamos da torre. Já a internet por cabos não tem grande velocidade porque os cabos de fibra ótica estão muito longe dos usuário”, critica o engenheiro.
Joabson diz ainda que o aumento na tecnologia e o grande número de empresas que oferece banda larga no Estado fez com que os preços caíssem, mas que o custo-benefício é baixo. “Em outros países, o preço é muito menor e a qualidade muito melhor”, disse.
Uma solução seria a ampliação dos cabos de fibra ótica no Estado e o número de antenas de internet móvel.
Segundo a Telebrasil, 13,4 milhões de novas conexões foram adicionadas à base de clientes nos primeiros oitos meses de 2011, um desempenho 37% superior ao registrado no mesmo período do ano passado, quando foram ativados 9,7 milhões. A associação estima que os 2,2 milhões de novos acessos do último mês levaram ao registro da média de 50 novas conexões por minuto.
A banda larga fixa brasileira tem evoluído na avaliação de entidades internacionais do setor de telecomunicações, segundo a Telebrasil. “A União Internacional de Telecomunicações (UIT) registrou uma melhora do Brasil de 14 posições no ranking, ficando em 56º lugar”, diz a nota.
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