ECONOMIA
Boas ideias rendem dinheiro
Um designer e um desenvolvedor de jogos apostaram na economia criativa, lançaram suas ideias e conquistaram reconhecimento.
Publicado em 05/08/2012 às 6:00
O designer campinense Sérgio Matos é graduado em Desenho Industrial na UFCG e há um ano e oito meses decidiu montar o próprio estúdio na cidade. Em menos de dois anos ele já colhe os frutos de uma experiência que vem dando certo e já oferece 23 produtos no mercado, criados por ele com móveis, tapetes, luminárias, entre outros.
Sérgio conta que já registra um lucro que varia de R$ 12 mil a R$ 15 mil e cerca de 90% de sua produção é comercializada para clientes dos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. “É um negócio que está dando certo e que infelizmente ainda é mais valorizado fora da Paraíba. Já estamos inclusive exportando algumas peças para a Alemanha”, disse.
Sérgio já ganhou reconhecimento internacional e conquistou o iF Concept Design Award, o mais importante prêmio da Europa, considerado o Oscar do Design mundial. Ele concorreu na categoria Design de Produto, com o projeto de um pufe, intitulado Carambola.
Como o próprio nome diz, o conceito foi inspirado na fruta carambola e sua fabricação combina antigas técnicas de artesanato com design contemporâneo. A estrutura é em aço carbono e a malha é tecida à mão com fios de algodão colorido na parte interna e nylon colorido na externa.
O jovem Rodrigo Motta também está inserido no setor de economia criativa e atua no ramo de criação de jogos digitais.
Atualmente ele é proprietário da Kaipora Digital, empresa de desenvolvimento de jogos que já conta com cerca de dez funcionários. “Cada projeto de jogo envolve um time diferente.
Nos baseamos na tecnologia que estamos usando e nos assets (conteúdo) que iremos precisar no jogo. Mas no geral, cada equipe tem que ter um game designer, um artista, um programador e um músico, isso para um jogo simples”, afirmou Rodrigo.
O trabalho mais premiado do designer é o Xilo, um jogo inspirado na arte popular nordestina. Ele se utiliza do visual da Xilogravura e a história é contada através de cordéis. “É um jogo que se destaca justamente por trazer uma visão inovadora para os jogos, sendo um jogo divertido e que, ao mesmo tempo, registra um pouco de nossa memória no ambiente digital”, enfatiza Ricardo. O jogo conquistou o SBGames em 2011 (Simpósio Brasileiro de Games e Entretenimento Digital).
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