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ECONOMIA

Braiscompany: advogados orientam que funcionários procurem assistência jurídica

Em documento enviado aos colaboradores da Braiscompany, é informado que empresa não tem diretores aptos para a respostas administrativas.

Publicado em 23/02/2023 às 16:31


                                        
                                            Braiscompany: advogados orientam que funcionários procurem assistência jurídica
Sede da Braiscompany - Divulgação/Braiscompany

Advogados da Braiscompany, empresa paraibana investigada por crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais, emitiram um comunicado nesta quinta-feira (23), onde orientam que os funcionários da companhia procurem assistência jurídica particular de forma individual. O Jornal da Paraíba teve acesso ao documento e confirmou a veracidade dele com o escritório de advocacia que o emitiu.

Os advogados também recomendaram que empregados e prestadores de serviço interrompam as publicações nas redes sociais e as assinaturas de novos contratos para que as ordens judiciais sejam totalmente cumpridas.

Ao Jornal da Paraíba, o escritório de advocacia informou que o comunicado foi enviado "devido aos inúmeros questionamentos dos colaboradores acerca do que fazer diante da suspensão das atividades da empresa".

Os advogados também informaram que não podem dar qualquer orientação a respeito do direcionamento da empresa. Dizem também que não foram procurados para entrar com ações de recuperação judicial ou de falência, "nem recebeu informações sobre possíveis fundos da empresa capaz de fazer a empresa se recuperar”.


				
					Braiscompany: advogados orientam que funcionários procurem assistência jurídica
Foto: divulgação/PF. Foto: divulgação/PF

Entenda a polêmica que envolve a Braiscompany

A Braiscompany, empresa paraibana que trabalha com criptoativos, foi alvo da operação Halving, da Polícia Federal, nesta quinta-feira (16). A organização captava investidores com a promessa de investimentos com retorno de 8% por mês, e após atrasos, passou a ser suspeita de golpe de milhões de criptomoedas.

As ações da PF acontecem na sede da empresa e em um condomínio fechado, em Campina Grande, e ainda em uma das filiais, nas cidades de João Pessoa e São Paulo. A Braiscompany não se pronunciou sobre a operação.

Conforme a Polícia Federal, foram movimentados aproximadamente R$ 1,5 bilhão em criptomoedas nos últimos quatro anos, nas contas vinculadas aos sócios da Braiscompany.

Ao todo, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, mas os sócios não foram encontrados e são considerados foragidos.


				
					Braiscompany: advogados orientam que funcionários procurem assistência jurídica
Reprodução/TV Paraíba. Sede da Braiscompany, em Campina Grande. Reprodução/TV Paraíba

Braiscompany tem contas bloqueadas pela Justiça

A Braiscompany teve as contas bancárias e aplicações financeiras bloqueadas pela Justiça no dia 17 de fevereiro. A decisão foi tomada após o Ministério Público Estadual da Paraíba (MPPB) entrar com uma ação pedindo o bloqueio de R$ 45 milhões da empresa e dos sócios da companhia.

A ação do MP tem a finalidade de reparar “eventuais danos causados aos consumidores investidores” da empresa.

O processo, ainda segundo o Ministério Público, o processo vai tramitar de forma sigilosa para que os dados pessoais e financeiros dos envolvidos sejam preservados.

Na decisão, a Justiça deu o prazo de 15 dias para que os sócios da Braiscompany contestem a medida.


				
					Braiscompany: advogados orientam que funcionários procurem assistência jurídica
Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais, sócios da Braiscompany. Antônio Neto Ais e Fabrícia Ais, sócios da Braiscompany

Qual seria o problema apresentado pela Braiscompany?

De acordo com clientes, a Braiscompany estaria atrasando os pagamentos do rendimento em cima do valor investido na empresa. Os clientes têm a opção de sacar ou não o valor, mas mesmo sem escolher o saque, os pagamentos não estariam caindo.

Os primeiros atrasos teriam sido provocados por uma questão técnica, de acordo com a Braiscompany. O desenvolvimento de um aplicativo, criado para otimizar os processos internos e de comunicação, teria provocado a necessidade de redução de funções do sistema anterior ainda na fase de testes. Por conta disso, segundo a Braiscompany, os pagamentos estavam lentos.

Ainda de acordo com a empresa, depois do atraso ocasionado pelos testes, a Binance (corretora de criptoativos), passou a travar as operações e limitar a capacidade de pagamento a 10% do necessário, a cada 10 dias. A Braiscompany afirma que conseguiu aumentar o limite, mas a Binance voltou a restringir os mesmos pedidos anteriormente solicitados.

				
					Braiscompany: advogados orientam que funcionários procurem assistência jurídica
Antônio Neto, conhecido como Antônio Neto Ais, e Fabricia Campos, fundadores da Braiscompany. Foto: Divulgação/Braiscompany. Antônio Neto, conhecido como Antônio Neto Ais, e Fabricia Campos, fundadores da Braiscompany. Foto: Divulgação/Braiscompany

Como surgiu a suspeita de calote?

O calendário de remuneração dos dividendos deixou de ser cumprido no final de 2022. Antônio Neto Ais, o fundador da companhia, disse em uma live que gerenciava R$ 600 milhões de 10 mil pessoas. Os primeiros atrasos teriam sido provocados por uma questão técnica, de acordo com a Braiscompany. O desenvolvimento de um aplicativo, criado para otimizar os processos internos e de comunicação, teria provocado a necessidade de redução de funções do sistema anterior ainda na fase de testes. Por conta disso, segundo a Braiscompany, os pagamentos estavam lentos. Também de acordo com a empresa, depois do atraso causado pelos testes, a Binance (corretora de criptoativos), passou a travar as operações e limitar a capacidade de pagamento a 10% do necessário, a cada 10 dias. A Braiscompany afirma que conseguiu aumentar o limite, mas a Binance voltou a restringir os mesmos pedidos anteriormente solicitados.

				
					Braiscompany: advogados orientam que funcionários procurem assistência jurídica
Foto: Camila Ferreira/Arquivo Braiscompany. Antônio Neto Ais Foto: Camila Ferreira/Arquivo Braiscompany

O que disse a Braiscompany?

A Braiscompany divulgou uma nota, no começo de fevereiro, com esclarecimentos sobre o caso para a imprensa. A empresa afirma que está fazendo uso de “todos os mecanismos legais e de reserva para honrar os compromissos contratualmente agendados”. Diz, também, que paralelo aos esforços legais, “outras providências já foram tomadas que, por medida de segurança e orientações, não podemos revelar“. No dia 17 de janeiro, a empresa divulgou uma nota de esclarecimento direta aos clientes, afirmando que mantém a transparência e que segue mantendo contato com os clientes apenas por meios oficiais. A empresa, que tem cinco anos de existência, promete apresentar inovações, apesar da crise. Após divulgação da abertura da investigação do MPPB, a Braiscompany, por meio da assessoria de comunicação, informou no dia 6 de fevereiro que apenas o setor jurídico da empresa vai se posicionar sobre o assunto.
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Jornal da Paraíba

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