ECONOMIA
Cesta básica segue estável em outubro
De acordo com pesquisa do Dieese apesar da alta no preço do arroz, cesta permeneceu estável devido a reduções no preço de outros itens.
Publicado em 06/11/2012 às 6:00
Apesar da forte alta no preço do arroz em outubro deste ano (12,95%), o preço da cesta básica pessoense permaneceu praticamente estável no mês. Conforme o supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Renato Silva, a elevação no preço do cereal foi compensada por reduções no tomate (verduras) e na banana (frutas), com quedas de 10,22% e 7,21% respectivamente.
“Estamos verificando altas no arroz há, pelo menos, três meses”, comentou. Conforme a pesquisa divulgada ontem pelo Dieese, os mantimentos básicos na capital paraibana registraram a segunda baixa do ano (-0,11% em relação ao mês de setembro), chegando ao patamar de R$ 232,97.
Para Renato, o consumidor precisa estar atento às elevações referentes ao acumulado do ano. De janeiro até outubro de 2012, os custos dos insumos básicos variaram 14,08%, sendo puxados principalmente pelo preço das frutas (+49,23%), da farinha (+47,21%) e do arroz (+33,44%).
“A gente via crescimento nos preços do feijão e da carne, sendo este último o item que mais pesa na cesta. No entanto, nos dez meses de 2012, a carne apresentou elevação inferior a 1%. Ou seja, para os próximos meses, caso não haja um fator atípico, o preço deverá continuar neste patamar, porque já verificamos um aumento significativo no período acumulado”, explicou.
Segundo o estudo, em outubro, apenas o açúcar (-3,55%) apresentou redução. No ranking das cestas mais baratas, João Pessoa continua tendo a terceira cesta com menor custo entre as 17 capitais pesquisadas, ficando atrás apenas de Aracaju (R$ 206,03) e Salvador (R$ 223,00).
Com base na análise do mês passado, o Dieese estipulou que o salário mínimo do trabalhador deveria ser de R$ 2.617,33, ou seja, 4,21 vezes o piso vigente de R$ 622,00 para suprir gastos com alimentação, moradia, educação, vestuário, saúde, transportes, higiene, lazer e previdência social. O valor é próximo ao verificado em setembro (R$ 2.616,41) e superior ao analisado no mesmo mês de 2011 (R$ 2.329,94).
entre as capitais
Em outubro, a alta no preço de itens essenciais atingiu – de forma generalizada – boa parte dos produtos que integram a cesta básica. Entre as capitais nas quais o Dieese realiza mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica, as maiores altas foram verificadas em cidades do Norte e Nordeste, com destaque para Recife (4,49%), Manaus (3,61%) e Fortaleza (2,54%). Entre as sete localidades onde houve recuo, as quedas mais expressivas foram apuradas em: Florianópolis (-9,04%), Brasília (-3,66%) e Vitória (-2,29%).
O arroz foi o único item a ter aumento em todas as 17 regiões pesquisadas. As altas mais significativas foram apuradas em Aracaju (19,77%), Vitória (16,93%) e Recife (13,88%).
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