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ECONOMIA

Cesta de JP tem 2º maior aumento

Dados apontam que a capital paraibana elevou em 5,06% os preços dos alimentos básicos, levando a cesta para R$ 214,54.

Publicado em 10/04/2012 às 6:30


A cesta básica de João Pessoa registrou a segunda maior alta entre as 17 capitais do país no primeiro trimestre deste ano, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Estudos Econômicos, Sociais e Estatísticos (Dieese), divulgado ontem. Os dados apontam que a capital paraibana elevou em 5,06% os preços dos alimentos básicos, levando a cesta para R$ 214,54. O aumento foi quatro vezes superior ao da inflação, medida pelo IPCA, durante o primeiro trimestre do ano: 1,22%.

Em março, o custo médio dos insumos básicos evoluiu 0,89% em relação a fevereiro em João Pessoa. A cidade foi uma das seis pesquisadas que apresentaram variação positiva entre o segundo e o terceiro mês do ano. No acumulado dos últimos 12 meses teve um acréscimo de 5,20% na capital paraibana, que em 2011 custava R$ 203,94.

No acumulado do ano, 9 entre os 12 produtos pesquisados pelo Dieese em João Pessoa aumentaram de preço. Os índices do feijão (37,31%), banana (22,36%) e manteiga (7,11%) foram os que mais registraram crescimento em 2012. Quanto aos produtos que apresentaram reduções, o açúcar foi o principal na capital da Paraíba, com vairiação de -4,12%, seguido do leite (-0,44%) e carne (-0,25%).

Só em março deste ano, a banana aumentou 14,38% em João Pessoa, liderando as maiores altas na cesta básica dos pessoenses. O feijão, com elevação de 8,61% e o óleo, que registrou alta de 3,35%, completam os três itens com maior aumento nos preços.

Já o tomate foi o item que apresentou maior redução de custo para os moradores de João Pessoa. Com 5,08% de aumento, o preço do tomate só não diminuiu mais do que o leite e a carne, cujos percentuais de redução foram de 2,98% e 0,69%. E o arroz foi o único alimento que não sofreu alteração de preço entre fevereiro e março.

ENTRE AS CAPITAIS
A capital que registrou a maior alta no primeiro trimestre este ano foi Aracaju 5,59%, e 2,03% só em março. Mas a capital sergipana ainda tem o menor valor médio entre as pequisadas pelo Dieese, (R$ 192,41). Mais duas capitais nordestinas seguem a lista de maiores altas na lista de insumos neste ano: Recife e Natal.

A capital pernambucana teve sua média elevada em 3,29%, e a cesta básica custa R$ 223,10. Já na capital potiguar, a alta foi de 3,13%, com a lista de alimentos básicos custando R$ 219,00. São Paulo mantém-se como a capital onde é cobrado o maior preço pela cesta básica, segundo o Dieese. Mesmo com uma redução de 1,45% neste ano, a lista de alimentos custa R$ 273,25.

CUSTO NO ORÇAMENTO
O Dieese também calcula o custo que a cesta básica representa no orçamento de uma família. O órgão utiliza por base uma família composta por dois adultos e duas crianças, que consomem o mesmo que um adulto. Neste cenário, o custo para uma família paraibana foi de R$ 643,62, equivalente a 1,03 vezes o salário mínimo bruto de R$ 622,00.

Para atender às necessidades básicas dos brasileiros, o salário mínimo estimado em março pelo Dieese deveria ser de R$ 2.295,58. O valor é calculado com base no maior custo para o conjunto de itens básicos no último mês.

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Jornal da Paraíba

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