ECONOMIA
Chuva eleva em 149% safra de grãos
Safra de grãos 2013/2014 deverá ser de 115,1 mil toneladas, o que representa um aumento de 149,1%, segundo dados da Conab.
Publicado em 26/04/2014 às 6:00 | Atualizado em 29/01/2024 às 12:19
As chuvas que estão ocorrendo em regiões como Sertão e do Agreste da Paraíba trazem projeções positivas sobre a colheita de culturas como milho, feijão e arroz. A safra de grãos 2013/2014 deverá ser de 115,1 mil toneladas, o que representa um aumento de 149,1% com relação à safra 2012/2013, que alcançou apenas 46,2 mil toneladas de grãos. A estimativa é da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que divulgou ontem o sétimo Levantamento da Safra de Grãos.
Os dados da Conab apontam que a produção de feijão será de 44,4 mil toneladas e apresentará alta de 130,1% se comparada com a safra anterior, de 19,3 mil toneladas. A previsão é que a área plantada seja expandida em 109,7%, saindo dos 55,7 mil hectares para 116,8 mil hectares.
Já a safra de milho 2013/2014 deverá ser de 68,7 mil toneladas, um aumento de 161,2% sobre a produção anterior de 26,3 mil toneladas. A área plantada deverá crescer 101,5%, saindo dos 53,1 mil hectares e saltando para 107 mil hectares.
Juntas, as duas culturas (feijão e milho) somam 113,1 mil toneladas de grãos, o que representa 98% da produção total do Estado, que também inclui outras plantações como arroz, algodão e amendoim.
Segundo o assessor da presidência do Senar/Faepa - Serviço Nacional de Aprendizagem Rural e Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Paraíba, Domingos de Lelis Filho, os dados são apenas projeções, mas fazem sentido já que o Estado passou dois anos de seca severa e que praticamente não se produziu neste período.
“As chuvas no sertão, que normalmente chegam em janeiro, surgiram com um mês de atraso este ano. Mas se as precipitações continuarem é possível que não falte feijão nem milho no São João”, destacou.
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado da Paraíba (Fetag-PB), Liberalino Ferreira, afirmou que é precipitado fazer prognósticos sobre a safra de 2014, porque para garantir uma boa colheita é necessário três meses de inverno.
“No Sertão e Cariri começou a chover, mas o pessoal começou a plantar há pouco tempo”, contou Liberalino, acrescentando que as lavouras de feijão precisam de três meses de chuvas regulares e as de milho dois meses.
Ele lembrou que em 2012 e 2013 a produção de grãos foi insignificante e que os agricultores amargaram grande prejuízo. “Por causa da forte seca dos últimos dois anos nosso rebanho foi reduzido para menos de 40% e praticamente não se produziu.
Acredito que este ano a situação não deva ser pior. O açude Jatobá, em Patos, estava zerado e com as chuvas que se prolongaram por 30 dias ele já está com 50% de sua capacidade, mas o que podemos falar agora é que melhorou a quantidade de água para o consumo e a pastagem animal”, declarou Liberalino Ferreira.
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