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ECONOMIA

Comodidade eleva despesas

Pesquisa da Associação Proteste, mostra que preferência por comodidade ao comprar produtos, supera busca por preços menores.

Publicado em 14/02/2013 às 6:00


Não foi à toa que, nos últimos anos, os bairros de João Pessoa ganharam mais unidades dos chamados 'supermercados de vizinhança'. O sucesso deste nicho de mercado apareceu numa pesquisa da Associação de Consumidores Proteste que revelou que 36% dos consumidores preferem fazer compras nas lojas que estejam no caminho de casa ou do trabalho.

Mas com a alta da inflação sobre os alimentos, o resultado da pesquisa demonstra também um descuido dos consumidores com o orçamento doméstico, pois a preferência por comodidade de comprar produtos supera a busca por pesquisar preços. Esta última só aparece como motivo de decisão para 20,2% dos entrevistados.

Segundo a Proteste, essa atitude mais adiante pode ser determinante para se contrair dívida ou entrar no vermelho.

O bioquímico Ronil Vilarim levou a família para fazer a feira semanal na manhã de ontem e afirmou que, muitas vezes, não tem tempo de pesquisar os preços nos supermercados.

“Acabo comprando no caminho de casa, onde eu acredito que os preços são mais em conta. Nas grandes redes, algumas coisas são mais baratas e nós gastamos muito para uma feira de uma semana a dez dias, mas não tenho tempo de pesquisar, então escolho um”, afirmou.

DICAS

Em resposta a isto, a coordenadora institucional da Proteste, Maria Inês Dolci, afirmou que muitas vezes a economia pode ser feita mudando de um supermercado para outro, sem ter que despender necessariamente muito tempo.

“Nossa pesquisa mostrou diferenças de preços entre mercados de uma mesma rua ou numa mesma avenida. Para economizar, o consumidor não precisa ir para longe, mas pesquisar dentro daquela gama de opções que tem disponível na sua rotina”.

A exemplo do segundo perfil de consumidor, a estudante Renata da Silva explicou que opta pela economia, mas que também falta tempo para pesquisar entre um supermercado e outro.

“Procuro o preço mesmo, vou onde eu acho que é mais barato, no entanto não dá tempo de procurar demais. Pela experiência, acredito que uma rede grande oferta preços melhores, porque pode comprar em maior quantidade”, opinou.

TAMANHO DAS COMPRAS

O estudo da Proteste mostra ainda que o valor das compras depende do tamanho do estabelecimento e da quantidade de integrantes da família. Quanto maior a oferta de itens, mais as famílias gastam.

Já ao responder o que haviam colocado no carrinho na última compra, 82% disseram comida e bebida, higiene pessoal (64%), produtos de limpeza (62%) e cosméticos (19%). Apenas 2% das pessoas compraram brinquedos ou jogos. A forma de pagamento preferida dos pesquisados é o cartão de crédito (31,5%), seguida pelo cartão de débito (26,9%) e dinheiro (25,7%).

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Jornal da Paraíba

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