ECONOMIA
Consumo de gás tem recuo de 4% na PB
Consumo médio anual saiu de 132,765 milhões de metros cúbicos para 127,355 milhões de metros cúbicos entre 2012 e 2013.
Publicado em 30/01/2014 às 6:00 | Atualizado em 20/06/2023 às 11:58
O consumo de gás natural canalizado na Paraíba caiu 4,07% no ano passado em relação a 2012. O volume médio por dia caiu de 363,74 mil metros cúbicos (m³), em 2012, para 348,92 mil metros cúbicos, no ano passado. A queda foi puxada por dois setores, o industrial e o automotivo. Já o residencial e comercial apresentaram alta no Estado. Os dados foram da Companhia Paraibana de Gás (PBGás).
No Estado, o consumo médio anual saiu de 132,765 milhões de metros cúbicos para 127,355 milhões de metros cúbicos entre 2012 e 2013. De acordo com Ricardo Oliveira, gerente de Orçamento e Regulação da PBGás, em 2012 o consumo por dia na indústria na Paraíba passou de 273,53 mil metros cúbicos para 258,43 mil metros cúbicos, uma queda de 68,20%.
No ano, os números passam de 99,838 milhões de metros cúbicos para 94,326 milhões de metros cúbicos.
O consumo médio diário no setor automotivo teve leve queda de 0,59%, passando de 87,49 mil metros cúbicos para 86,97 mil metros cúbicos, No ano, o consumo caiu dos 31,933 milhões de metros cúbicos para 31,744 milhões de metros cúbicos.
Já os segmentos residenciais e comércio apresentaram aumento no consumo do gás natural encanado. No caso dos moradores residenciais, a média do consumo diário foi de 0,89 mil metros cúbicos para 1,34 mil metros cúbicos, alta de 50,56%. Em 12 meses este consumo passou de 324,85 mil metros cúbicos para 489,100 mil metros cúbicos.
COMERCIAL EXPANDE
O consumo diário no comércio saiu de 1,83 mil metros cúbicos em 2012 para 2,18 mil metros cúbicos no ano passado, representando expansão de 19,12%. Anualmente, foram consumidos 667,950 mil metros cúbicos em 2012 e no ano passado 795,700 mil metros cúbicos.
Ricardo Oliveira disse que a queda registrada no ano passado pode ter relação com o processo de otimização da produção adotados por algumas indústrias, que gera menos consumo de gás natural. Já o aumento nas residências e estabelecimentos comerciais, segundo ele, tem explicação no crescimento da rede de gás natural e maior adesão a este sistema. “O número de clientes residenciais na Paraíba passou de 4.465 para 6.523 entre 2012 e 2013. Já o número de pontos comerciais passou de 87 para 119 no último ano”, contou.
NO PAÍS
No Brasil, o consumo de gás natural canalizado cresceu 17,8% em 2013, comparado aos 12 meses de 2012, com a média diária de consumo passando de 57 milhões para 67,2 milhões de metros cúbicos. Os dados foram divulgados pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) com base em estudos que apontam que o crescimento foi puxado, principalmente, pelo segmento de geração elétrica, que chegou a subir 64,5% entre um ano e outro.
Com a alta, o segmento já ocupa a segunda posição no ranking dos maiores consumidores, com diferença de 6,5% em relação ao consumo industrial, setor que continua na liderança do consumo do produto.
O segmento que mais aumentou a participação no volume nacional foi o de geração elétrica. Sem considerar o crescimento do setor elétrico, o consumo de gás natural em 2013 registrou retração de 0,4%, indicando estabilidade na demanda do mercado não térmico. Na avaliação da Abegás, o mercado não térmico está altamente dependente do mercado térmico.
“O governo não está dando a devida atenção ao gás natural. Falta um planejamento integrado que dê incentivos e favoreça a equalização dos custos dos energéticos concorrentes. Enquanto isso, todo o planejamento da Petrobras aponta para maior dependência do mercado externo”, disse Augusto Salomon, presidente executivo da Abegás.
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