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ECONOMIA

Contratos de aluguel terão reajuste de 8,35% no próximo mês

Para Creci-PB, negociação entre inquilino e proprietário deve reduzir índice de reajuste.

Publicado em 30/09/2015 às 7:57

Os contratos de aluguel terão reajustes mais fortes no próximo mês. O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), que serve de base para atualização da maioria das imobiliárias, acelerou em setembro e acumulou 8,35% em 12 meses. Esse índice será de base para renovação nas imobiliárias no mês de outubro.

O IGP-M de setembro (0,95%) registrou forte alta sobre o mês anterior (0,28%). No acumulado dos nove primeiros meses do ano a alta correspondeu a 6,34%.

Um imóvel locado em R$ 900, por exemplo, será reajustado para R$ 975,15 em outubro (+8,35%), mas quem renovou o contrato de aluguel em outubro do ano passado, o IGP-M acumulado havia sido de apenas de 3,54%.

EFEITOS DA CRISE

Para o presidente do Conselho Regional de Corretores de Imóveis da Paraíba (Creci-PB), Jarbas Pessoa, o cenário econômico mais difícil neste ano e oferta maior de imóveis para locação que a procura deverá provocar um acordo entre inquilinos e proprietários para um reajuste com índice mais baixo neste ano.

“O IGP-M teve uma forte aceleração em setembro. Acredito que imobiliárias e inquilinos, principalmente aqueles com histórico de bons pagadores terão um índice bem abaixo do IGP-M", prevê Jarbas.

Um das razões também para essa negociação com índice menor se deve à oferta maior de imóveis no mercado tanto de residenciais como de comerciais na Grande João Pessoa com a busca por preço de locação mais em conta no mercado. "Esse comportamento deixou o mercado de locação estagnado pela primeira vez este ano. Outro aspecto da crise é o crescimento da taxa de inadimplência no setor, apesar de baixa (3% a 5%) vem crescendo com a situação mais delicada dos orçamentos das famílias", declarou Jarbas.

PREÇOS NO ATACADO

Entre os itens que contribuíram para a alta do IGP-M em setembro foram os preços no atacado devido à alta do dólar. Os preços da soja em grão (5,84%), o farelo de soja (8,23%), o milho em grão (4,61%) e os adubos e fertilizantes (6,92%) subiram e elevaram o índice.

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Jornal da Paraíba

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