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ECONOMIA

Cultura de caprino é promissora na PB

Pesquisa revela que a carne caprina é consumida por 44% dos paraibanos, enquanto as de ovino ficam com 37%.

Publicado em 27/10/2011 às 6:30

As perspectivas do mercado de corte da ovinocaprinocultura são promissoras na Paraíba, segundo estudo encomendado pelo Sebrae, através do Projeto Aprisco, divulgado ontem. A pesquisa revela que a carne caprina é consumida por 44% dos paraibanos, enquanto as de ovino ficam com 37%. Já entre os que não consomem, o estudo indica que é mais por falta de hábito e menos pela rejeição ao produto. A falta de oferta desse tipo de carne nas prateleiras dos mercados paraibanos também é apontado como um dos fatores do baixo consumo.

A Paraíba tem o 5º rebanho de caprino do Nordeste (624,5 mil) e o 6º de ovino (414,8 mil).

Segundo o estudo, os paraibanos adquirem a carne, principalmente, em supermercados e açougues, porém, para 23% dos entrevistados é difícil encontrar os produtos nas prateleiras. Nos demais Estados da Região Nordeste, as compras da maioria são feitas em mercados públicos e feiras livres. Os preços da carne, principalmente dos cortes definidos, sem osso, são considerados caros pelo público da capital. Em Campina Grande, os preços são taxados como justos e em Monteiro, os consumidores (50%) acham que os preços praticados são baratos.

Segundo o presidente do Sindicato de Supermercados da Paraíba, Cícero Bernardo, a falta de abatedouros legalizados atrapalha as vendas e a distribuição do segmento no Estado. “Não existem abatedouros legalizados, com todas as certificações, e não podemos trabalhar com carne clandestina. Trazer carne resfriada, de outros Estados, fica inviável, pois fica muito cara”, lamenta. Ele acredita que a legalização da produção deve aumentar a procura devido à demanda reprimida.

Para o gerente agrícola do Sebrae da Paraíba, Antônio Felinto, o maior desafio do setor é reduzir as irregularidades e a ociosidade dos abatedouros. “É um mercado com demanda muito forte, mas que tem uma cadeia produtiva ao mesmo tempo desorganizada. Só em três abatedouros do Estado, são abatidas 100 animais por dia, mas a demanda seria de mais de 500 ao dia”, revela.

O gerente diz que o Sebrae tem trabalhado na organização dos produtores e abatedouros. "Em dois anos, o fluxo de produção deve atender às necessidades do mercado interno", apontou.

Felinto diz que o crescimento da renda e as mudanças nos hábitos de consumo alimentar vão demandar carnes mais saudáveis e derivados de leite de cabra. É um segmento extremamente promissor”, frisa.

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Jornal da Paraíba

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