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ECONOMIA

Economia em feira pode chegar a R$ 937

Consumidor pessoense pode economizar por ano até R$ 937,92 com feiras feitas em atacarejos; dados integram pesquisa da Proteste.

Publicado em 01/10/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 17:47

Se o consumidor de João Pessoa comprar os itens da cesta básica em atacarejos, pode economizar até R$ 937,92 em um ano, se comparado aos preços praticados nos supermercados. O valor economizado na capital paraibana é o maior entre as capitais do Nordeste, segundo dados da pesquisa Proteste (Associação de Consumidores).

A diferença da capital paraibana para São Luís, que tem a menor economia na região (R$ 411,31), chega a 111%. O estudo apontou que os preços mais baratos são encontrados nos atacarejos e que atravessar a rua pode significar uma boa economia no bolso.

Segundo a Proteste, o pessosense economizará R$ 937,92 se comprar a cesta dos produtos de marcas líderes de mercado, no Atacadão (BR 230) ao invés do Pão de Açúcar, da Epitácio Pessoa. No caso da cesta de produtos sem marca definida com 90 itens, a economia anual é um pouco menor: R$ 919,37. Essa economia ocorrerá se o consumidor optar pelo Makro da BR-230 em vez do Pão de Açúcar, da avenida Flávio Ribeiro Coutinho, em Manaíra. Vale lembrar que a cesta inclui 104 itens alimentícios, de higiene e de limpeza.

Em média, o paraibano desembolsou R$ 351,11 na compra dos produtos da cesta de marcas líderes. No Rio Grande do Norte, a mesma cesta sai por R$ 338,64, que é o menor preço encontrado para esta cesta entre todas as cidades avaliadas.
O conjunto de itens da cesta da Paraíba sofreu alta de 16% de 2012 para 2013. Foi a terceira maior variação do Nordeste, liderado pelo Ceará (19%). Em segundo e em terceiro, empatados, ficaram os estados da Bahia e Maranhão (17%).

FORTE DISPARIDADE

O estudo apontou a maior disparidade de preços de itens entre os dois tipos de estabelecimentos entre as capitais nordestinas, quando compara itens da cesta de supermercado com atacarejo.

Em João Pessoa, por exemplo, a compra sai 9% mais em conta se o consumidor adquirir os itens no Bompreço da Epitácio Pessoa, ao invés do Extra, na mesma avenida.

As diferenças de preços para um mesmo produto também são grandes. Foi constatada diferença de 165% para a caixa de fósforos longos Fiat Lux, com 300 unidades. Foi encontrada por R$ 1,39 em um local, e por R$ 3,69 em outro. E o desinfetante Pinho Sol de 500 ml custava R$ 2,15 em um supermercado e R$ 5,45 em outro. Uma diferença de 153%.

A empresária Fabyana Mota afirmou que percebeu uma alta muito grande nos preços das suas compras mensais, principalmente nos alimentos. Aliando economia e praticidade, ela hoje almoça fora com o filho pequeno e gasta cerca de R$ 250 mensais com as refeições. “Se fosse cozinhar o almoço em casa gastaria pelo menos R$ 300”, frisou.

O presidente da Associação dos Supermercados da Paraíba, Cícero Bernardo, afirmou que este ano a inflação, principalmente dos alimentos, "foi intensa no país e também na Paraíba e aqui isso não foi diferente". Ele citou que um conjunto de fatores, como questões climáticas, e até a alta do dólar contribuiu para isso. “Se aqui tem seca, em outras regiões do país há inundações e geadas. Isso favorece a carência de produtos e consequentemente a alto de preço”.

Sobre a grande oscilação de preço entre os supermercados, ele afirmou que o mercado é livre. “E a margem de lucro varia de acordo com cada empresário”, revelou Cícero Bernardo.

A Proteste pesquisou 1.357 estabelecimentos, de 21 cidades brasileiras em 14 estados, mais o Distrito Federal. Na Paraíba, quem não abre mão de marcas líderes pagou 16% a mais em relação ao ano anterior.

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Jornal da Paraíba

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