Endividamento deve crescer em 2012

Para este ano, o quadro de endividamento e inadimplência do Nordeste poderá ser outro. O economista André Magalhães, da Consultoria Datamétrica, lembra que nos anos anteriores não havia uma situação econômica no país que incentivasse tanto o consumo e a obtenção do crédito como agora.

Segundo a Fercomércio-SP, no período da pesquisa houve aumento de 2,4 pontos percentuais na taxa de juros. Por outro lado, neste ano, observa-se uma redução significativa nas taxas de juros (Selic em 8,0%) e redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis e eletrodomésticos da linha branca, além do crédito habitacional estar mais elástico, chegando a 35 anos pela Caixa Econômica Federal. “Como todas as ações do Governo Federal são no sentido de estimular a economia através do consumo, é possível que exista um aumento no endividamento da população para o fechamento do ano”, disse o economista.

“Com a expansão do consumo, poderá haver endividamento superior, mas observamos uma estratégia madura do Governo e uma margem grande dos bancos para sustentar um possível aumento na inadimplência. Portanto não há um quadro de risco. Se extrapolar, o Governo, certamente, irá frear as facilitações”, finalizou.