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ECONOMIA

Crédito rotativo: economista explica desvantagens da operação

Economista Cássio Besarria explica que o crédito rotativo se trata de um financiamento feito pelo banco, mas ressalta que a opção é perigosa.

Publicado em 09/02/2022 às 18:00 | Atualizado em 10/02/2022 às 8:24


                                        
                                            Crédito rotativo: economista explica desvantagens da operação
Cartões, dinheiro e cheques. Foto: Marcos Santos/USP Imagens. Marcos Santos/USP Imagens

Quando chega o fim do mês e faltam recursos para pagar as contas é comum que muitas pessoas tentem postergar um débito pagando apenas o valor mínimo da fatura do cartão de crédito, e deixando o restante para o mês seguinte. Essa alternativa faz o cliente cair no crédito rotativo. 

O Brasil está superendividado. Com a população pressionada pela inflação e pelo aumento do desemprego, com baixo poder de compra, uma legislação já foi implementada para lidar com os altos índices. O conceito de superendividamento foi incluído em 2021 no Código de Defesa do Consumidor, a partir da Lei 14.181

Ele é definido como “a impossibilidade manifesta de uma pessoa de boa-fé pagar a totalidade de suas dívidas de consumo sem comprometer seu “mínimo existencial”.

Saiba quais são os prejuízos do crédito rotativo

O economista Cássio Besarria explica que essa operação se trata de um financiamento feito pelo banco, onde o cliente solicita que a dívida seja quitada para que ele possa pagar posteriormente, mas com juros. 

A taxa de juros do crédito rotativo no Brasil fechou o ano de 2021 chegando a 349%, a maior taxa do país. Há, ainda, uma tendência de alta de juros, um dos indícios é o último aumento da taxa Selic, que chegou a marca de 10,75% na última semana. 

Para o especialista, qualquer decisão financeira feita sem planejamento pode aumentar os riscos de problemas futuros. Esse caminho pode levar o cliente a um cenário mais próximo da inadimplência.

A indicação de quem estuda os riscos do mercado financeiro é que essa opção só seja utilizada em situações extremas. Existem outras modalidades com taxas de juros mais baixas, como o crédito consignado, onde os juros variam de 20% a 35% ao ano

Muitas instituições financeiras oferecem, ainda, medidas de renegociação para quem estourou o limite do cartão de crédito. Para o economista Cássio Besarria, é importante se manter atento para solucionar o endividamento o quanto antes. 

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Jornal da Paraíba

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